Após atingir pico de quase R$ 9, litro da gasolina tem queda de R$ 1
Após registrar pico de R$ 9, o litro, em alguns pontos de Mato Grosso, o valor da gasolina começa a dar sinais de que se manterá mais baixo para o consumidor. Dados coletados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram que em um mês, entre junho e julho, com os sucessivos anúncios de redução do produto pela Petrobras, o preço do litro do combustível caiu cerca de R$ 1, em média, nos postos pesquisados nas principais cidades do Estado.
Em Cuiabá, por exemplo, era comercializada, em média, a R$ 6,88, o litro no mês de junho. No fim do mês seguinte, o valor médio caiu para R$ 5,89, chegando ser encontrado até a R$ 5,49, o litro.
O mesmo aconteceu em municípios mais distantes, localizados no extremo norte de Mato Grosso como é o caso de Alta Floresta (a 789 km de Cuiabá). Lá, a gasolina passou de R$ 7,85, o preço médio do litro, para R$ 6,38, ao final de julho.
A mesma tendência foi registrada em Várzea Grande, Sinop, Sorriso, Cáceres e Rondonópolis.
O viés de redução só começou a ser sentido nas últimas cinco semanas em todo país com uma sequência de queda no preço do combustível nas refinarias por parte da Petrobrás. O movimento teve início após pressão dos consumidores e a disparada da inflação com a média da gasolina chegando a R$ 7,39, de forma geral no Brasil.
Em Mato Grosso, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Anp), o pico de alta aconteceu por volta de 26 de junho. Na data, o preço máximo da gasolina atingiu R$ 8,89, o litro. O valor médio estava em R$ 7,13.
Diante do quadro de descontrole, o presidente Bolsonaro chegou a trocar por duas vezes o comando a principal estatal brasileira e conseguiu ainda, ao final de junho, a aprovação pelo Congresso da lei que fixa o teto para o ICMS dos combustíveis nos Estado.
Antes da alteração na legislação federal, a alíquota praticada pelo governo mato-grossense no caso da gasolina era de 25%. O imposto foi reduzido ao patamar de 23% em janeiro de 2022. Agora, considerando o teto de 17% e a média de preço, o ICMS que incide sobre o combustível está em 11,9%.
Preferência por etanol
Mesmo com a retração no preço da gasolina, os motoristas em Cuiabá mostram tendência de continuar abastecendo seus veículos com etanol.
O motorista de aplicativo Carlos Moraes observa que o valor do litro do biocombustível também caiu um pouco e por isso continuará optando pelo etanol. Quando procurou um posto na quinta passada, constatou que o combustível estava custando R$ 3,99, o litro, e hoje caiu para R$ 3,64.
“Pra gente que abastece todos os dias, vai ter uma economia boa. Pelo o que eu gasto, uns R$ 300 de economia. Se continuar assim o mês inteiro, está ótimo. Mas tomara que baixe muito mais”, diz ele, que costuma rodar cerca de 300 quilômetros por dia.
Aposentado, Telmo Francisco também trabalhava como motorista, então costuma acompanhar os preços dos combustíveis. Ele costuma abastecer sempre entre R$ 40 e R$ 50.
Telmo é outro motorista que, por mais que reduza o valor da gasolina, vai continuar abastecendo com o etanol por ser mais barato. “Queria que baixasse uns 3%, 4%, porque isso ai [15 centavos] não resolve muita coisa não”.
Ainda que a gasolina “dure” mais que o etanol, Moacir também está preferindo abastecer sua motocicleta com etanol. De dois em dois dias ele coloca R$ 20 no tanque. “Por semana gasto uns R$ 50. Deveria baixar mais o preço dos dois, mas principalmente a gasolina”.
Com o site RD News