Após entrevista, Lula é o mais bem avaliado dos participantes nas redes sociais

Nas redes sociais, há um consenso: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) matou a pau na entrevista aos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, do Jornal Nacional, na Globo. Até jornalistas da própria TV Globo veem Lula como um líder diferenciado.

Leilane Neubarth, da GloboNews, comentou em seu Twitter sobre a sabatina do ex-presidente Lula pela bancada do Jornal Nacional.

– Poderia citar muitas diferenças, mas me chama atenção o respeito de Lula pela Renata. Ele o tempo todo coloca ela presente e participando da entrevista. Homem que respeita mulher é outra coisa – disse ela, que ainda destacou a lembrança de Paulo Freire pelo candidato do PT. “Cada um cita seu próprio ídolo … Uns citam Ulstra, outros citam Paulo Freire”.

Veja os principais pontos da entrevista de Lula ao JN:

– Durante 5 anos eu fui massacrado e estou tendo hoje a primeira oportunidade de falar disso ao vivo com o povo brasileiro. A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada. No meu governo criamos o portal da transparência e a lei anticorrupção.

– Eu poderia ter escolhido um promotor engavetador. Mas escolhi da lista tríplice. Poderia ter escolhido um delegado da Polícia Federal que eu pudesse controlar. Não fiz. Poderia ter feito decreto de 100 anos, que está na moda hoje.

 Eu não quero um procurador leal a mim. Ele tem que ser leal ao povo brasileiro.

– Existem três palavras mágicas para governar o país: previsibilidade, estabilidade e credibilidade. Previsibilidade é pra ninguém ser pego de surpresa. E nunca antes na história desse país tivemos uma chapa como Lula e Geraldo Alckmin (PSB) para garantir a credibilidade.

– Sábado eu encontrei a Dilma Rousseff (PT) no Anhangabaú e ela sabia que eu viria aqui no Jornal Nacional. Ela me disse: se perguntarem de mim, diga para me convidarem para um debate.

– Me juntei com o Geraldo Alckmin para dar uma demonstração para a sociedade brasileira que política não tem a ver com ódio.

O Bolsonaro sequer cuida do orçamento do Brasil. Quem cuida é o Arthur Lira. Os ministros ligam para o Lira, não pra ele. Temos que acabar com essa história de semipresidencialismo no regime presidencial. O Bolsonaro parece um bobo da corte.

– Os governadores estão reféns das emendas secretas. Isso é um escárnio, não é democracia. E essas coisas vamos resolver conversando com os deputados. E a sociedade brasileira precisa aprender que o Congresso é resultado da sua consciência política no dia das eleições.

– Eu estou até com ciúmes do Geraldo Alckmin, ele foi aplaudido de pé esses dias em um congresso do PT. É uma pessoa que vai me ajudar, de confiança. A experiência dele como governador de São Paulo vai me ajudar a consertar o Brasil.

– Os empresários sérios que trabalham no agronegócio não querem desmatar. Mas existe um monte que quer. O atual presidente tinha um ministro do Meio Ambiente que dizia que era para passar a boiada.

 Para um democrata, a gente precisa respeitar a autodeterminação dos povos. É assim que eu quero para o Brasil e é assim que eu quero para os outros.

– Eu não gosto de usar a palavra governar, gosto de usar a palavra cuidar. Esse país é um do futuro que precisamos construir. Vamos voltar a investir na geração de empregos. Temos quase 70% de famílias endividadas, a maioria de mulheres. Vamos negociar essas dívidas.

– Nós precisamos que o povo brasileiro volte a viver com dignidade.

Lula fechou todos os assuntos dando uma verdadeira aula aos apresentadores, que ficaram atônitos cerceados por tanta informações

Com o Caldeirão Politico