Após ser acusado de liderar quadrilha que matou advogado, assessoria de Empresário emite nota

O empresário João Zuffo é um dos alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Civil realizada na manhã desta sexta-feira (17/09). Os mandados foram cumpridos no escritório de contabilidade do empresário, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá).

Ele é suspeito de ser o chefe de uma organização criminosa que durante um roubo matou o advogado João Anaídes Neto em julho deste ano. De acordo com o delegado de Juscimeira, Ricardo Franco, o crime foi praticado por um grupo de oito pessoas, em tese segundo a polícia eram chefiadas pelo empresário.

Três pessoas já estão presas e há mandados de prisão expedidos para os demais, inclusive para o contador. “Fizemos várias tentativas de tomar depoimento do contador antes da expedição do mandado, mas como não tivemos êxito também não tivemos saída, a partir de agora ele é considerado um foragido da justiça”, disse Thiago. 

OUTRO LADO

Por meio de nota, a defesa do contador João Zuffo criticou a operação da Polícia Civil. Disse que a suspeita de participação no arrastão que culminou com a morte de João Anaídes recai sobre um funcionário do escritório de contabilidade e que ele se colocou a disposição para colaborar com os investigadores.

Os advogados também apontam abuso de autoridade pela Polícia Civil. “Ocorre que, sem elementos constitutivos, João Zuffo passou a ser alvo da investigação, somente por ser patrão do suposto investigado”, diz trecho da nota.

Vejam a nota na íntegra abaixo:

A assessoria jurídica do empresário João Fernandes Zuffo, da Zuffo Assessoria Contábil, em Rondonópolis (MT), vem a público repudiar a operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, na sede da empresa do Sr. João, na manhã desta sexta-feira (17), a qual consideramos arbitrária e abusiva. 

Esclarecemos que um funcionário de João Zuffo é investigado por suposta participação no assassinato de um advogado, em Juscimeira, em julho de 2021, e em razão disso, João Fernandes Zuffo se colocou à disposição da PJC para colaborar com as investigações. 

Ocorre que, sem elementos constitutivos, João Zuffo passou a ser alvo da investigação, somente por ser patrão do suposto investigado. De pronto, a fim de resolver essa situação de maneira célere, seus advogados foram até a Delegacia de Polícia Civil para obterem cópia do procedimento, sendo negado pela Autoridade Policial, caracterizando o delito descrito no artigo 32 da Nova lei de Abuso de autoridade (13.869/2019).

A cópia do procedimento somente foi fornecida três semanas após solicitado. Além disso, consta apreendido na Delegacia de Polícia de Juscimeira – MT, veículo de propriedade do senhor João Zuffo, veículo no qual já foi submetido a perícia e não há nenhuma necessidade de ali permanecer. Porém, como as práticas abusivas não cessam, a Autoridade Polícia, mesmo tendo um pedido de restituição formal em suas mãos, nega qualquer despacho ou a restituição.

É inconcebível que após mais de 60 dias do fato trágico que levou a óbito o advogado no lago de Juscimeira, acreditar que uma diligência de busca e apreensão resolveria o caso em tela. Essa atitude somente serviu para manchar a imagem da pessoa que sempre se prontificou em ajudar a cooperar com as investigações e não tem participação nenhuma com o crime investigado. 

Além disso, um dos advogados de João Zuffo foi impedido de acompanhar a diligência de busca e apreensão. Conforme termo juntado no próprio inquérito, uma testemunha relata a prática de tortura psicológicas a fim de se obter “a verdade real”. É deste modo que o Estado trabalha e exerce suas funções? 

Reforçamos que o empresário possui endereço físico há mais de 30 no município de Rondonópolis, tendo reputação conhecida e serviços filantrópicos prestados à comunidade, condecorado com inúmeros títulos e beneméritos de várias entidades.

João construiu sua carreira sólida no Município de Rondonópolis – MT e não precisaria, em hipótese alguma, formar quadrilha para praticar roubos, tampouco contra seus próprios amigos e vizinhos de rancho. Todos os bens de João Zuffo são de fácil comprovação, oriundos de seu excelente trabalho, porém, como dito acima, a Autoridade Policial não possui essas informações, pois, pratica, a todo instante, cerceamento de defesa do senhor João Zuffo. 

Ademais, as devidas providências já estão sendo tomadas e a Corregedoria da Polícia Civil foi acionada.

Bruno Balata e Douglas C. A. Lopes – Advogados.