Assessor parlamentar e servidor são acusados de desvios de cestas básicas

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (09/03), a Operação Gorgulho para cumprimento de mandados de busca e apreensão, afastamentos de sigilo bancário e telefônico, sequestro de bens e valores contra uma associação criminosa investigada pelo desvio de cestas básicas da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), em Cuiabá.

A decisão judicial também inclui a suspensão do exercício de função pública de um servidor da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) e ainda são investigados um policial militar e um assessor parlamentar.

Ao site  a Assembleia Legislativa informou que tenta localizar o gabinete do servidor envolvido. A assessoria da Polícia Militar, informou que a ainda será instaurado um procedimento administrativo para apurar o ocorrido.

A Setasc informou que a operação está sobre coordenação da Polícia Judiciária Civil e aguarda o resultado do trabalho.

A investigação começou quando a Polícia Civil recebeu denúncias de que um assessor técnico da Secel desviou 240 cestas básicas do depósito da Coordenadoria de Segurança Alimentar da Setasc, órgão no qual o servidor trabalhava. Ele teria feito isso para atender a um pedido de um assessor parlamentar.

De acordo com a Polícia Civil, as cestas básicas retiradas pelo assessor foram carregadas para um caminhão-baú por um parente de um soldado da Polícia Militar. Em seguida, depositadas na residência do militar, no Bairro CPA IV, em Cuiabá, e, posteriormente, distribuídas na frente da casa do policial, a pedido de um assessor parlamentar lotado na Assembleia Legislativa.

Ainda segundo a polícia, o servidor responsável por retirar as cestas básicas foi indiciado anteriormente pelo crime de peculato em inquérito policial da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). Na epóca, ele fez Acordo de Não Persecução Penal e confissou o crime para obter lucro, o que indica a prática do crime investigado nesta operação.

A Polícia Civil continua investigando o caso.