Bolsonaro vai voltar para o PSL e agora?
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (13/08) em transmissão ao vivo pela internet que poderá voltar ao PSL, partido do qual se desfiliou em razão de divergências com a cúpula da legenda.
Após deixar o PSL, Bolsonaro lançou uma campanha de filiação ao novo partido que pretendia criar, o Aliança pelo Brasil. Mas o partido ainda não tem a quantidade de assinaturas suficiente para obter o registro na Justiça Eleitoral.
Bolsonaro afirmou ter recebido convites de três partidos, um dos quais o PTB, presidido pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que aderiu ao governo — na eleição de 2018, o PTB integrou a coligação que apoiou o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.
“Difícil formar um partido, não é impossível, mas é difícil, burocracia enorme”, declarou Bolsonaro. “Então, não posso investir 100% no Aliança, em que pese o esforço de muita gente pelo Brasil. Eu tenho de olhar outros partidos. Tenho recebido convites. Em três partidos, me convidaram para conversar. Um foi o Roberto Jefferson. Tem mais dois partidos também. Já conversei com os presidentes desses dois outros partidos. Tem uma quarta hipótese aí, o PSL”, afirmou.
Segundo Bolsonaro, há uma “sinalização” de reconciliação com o PSL. “A gente bota as condições na mesa de reconciliar, eles botam de lá para cá também”, disse.
Bolsonaro foi eleito pelo PSL em 2018, mas deixou a sigla após conflitos com o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. Desde então, o presidente e os filhos com mandato parlamentar tentam viabilizar a criação do Aliança Pelo Brasil. Em novembro do ano passado, ele participou do ato de lançamento da nova legenda.
“Não posso jogar as fichas apenas no Aliança, que, eu esperava, ia ficar pronto este ano. Acho que vai ser difícil ficar pronto, mas não pretendemos desistir dessa ideia. Vou conversar com o pessoal do PSL, apesar de ter saído”, afirmou Bolsonaro.
Segundo Bolsonaro, se a decisão for mesmo voltar ao PSL, abandonando o Aliança pelo Brasil, será preciso explicar aos militantes que se envolveram no projeto.
“Tem de mostrar para quem está acreditando [no Aliança pelo Brasil] o porquê da volta”, afirmou.
De acordo com o presidente, a legenda à qual eventualmente venha a se filiar não precisa ser um “partido nota 10”.
“Mas não pode ser nota 3, 4. Tem de ser um partido nota 8”, declarou.