Cães farejadores e bombeiros de MT são enviados a RS para ajudar nas buscas das vitimas das enchentes
Onze bombeiros e dois cachorros foram enviados, pelo Governo de Mato Grosso, ao Rio Grande do Sul para auxiliar nas ações que têm o objetivo de minimizar os estragos relacionados às chuvas. Neste sábado (04/05), o número de mortos, em razão dos temporais, subiu para 56. Além disso, foi confirmado que, até o momento, há 68 desaparecidos e 74 pessoas feridas.
Maya e Bela são cachorros certificados pelo Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom) e receberam treinamento próprio para atuarem em situações de desastres. Elas atuaram na enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em setembro de 2023.
Para ajudar nas buscas, equipes e o helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) também foram enviados até o Rio Grande do Sul, nessa sexta-feira (03/05). Mergulhadores e operadores de desastres de Mato Grosso também devem agir na ação conjunta entre os estados.
Além dos agentes, o Governo de Mato Grosso enviou equipamentos como cesto para resgate em helicóptero, cilindros de ar, boias, coletes salva vidas, serrotes, enxadas, picaretas, rádios para comunicação e drones. O Corpo de Bombeiros ainda conta com quatro viaturas, um barco e um jet ski.
Na última segunda-feira (29/04), o Rio Grande do Sul foi atingido por diversos temporais, que causaram alagamentos, deslizamentos de terra, danos em casas, pontes e estradas por todo o estado. De acordo com a Defesa Civil, em apenas quatro dias de chuva, 32 pessoas morreram.
A Defesa Civil soma 32.248 pessoas fora de casa, sendo 8.168 pessoas em abrigos e 24.080 desalojadas, na casa de familiares ou amigos. Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351.639 mil pessoas.
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas.
A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.