Candidata inscrita que foi impedida de fazer prova ganhou na justiça e vai fazer a prova do concurso da Segurança

A Justiça suspendeu a homologação do concurso público da Segurança para o cargo de investigador após uma candidata ser impedida de realizar a prova devido à uma falha no sistema da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), responsável pela organização do certame. A decisão do juiz federal Mauro César Garcia Patini foi assinada no dia 9 deste mês.

O concurso da Segurança Pública de Mato Grosso foi realizado no dia 20 de fevereiro e teve uma série de irregularidades apontadas por meio de denúncias de candidatos ao Ministério Público.

Na ação, a candidata cita que se inscreveu para a prova e que o nome dela já constava na lista definitiva. No entanto, no dia 16 de fevereiro, ao tentar consultar o local da prova, o sistema apontou que ela não estava inscrita para o concurso.

Ela afirma que no mesmo dia encaminhou e-mails à UFMT para tentar resolver o problema, mas não obteve retorno.

“Houve equívoco por parte da ré, fato que impediu a autora de concorrer a(s) vaga(s) ofertada no edital para o cargo que postula, consequentemente, latente a preterição ao direito subjetivo da candidata”, diz o juiz.

Na decisão, o juiz manda a universidade conceder o direito a estudante de realizar a prova e concorrer a vaga de investigador de Polícia Civil, com designação, no prazo máximo de 30 dias, para definir novo local e horário da aplicação.

“Registro que esta decisão não suspende o andamento do concurso em tela, podendo a UFMT dar prosseguimento ao certame na forma do edital, todavia, fica sobrestada, até ulterior decisão, a homologação do curso em relação ao provimento de cargo público de investigador de polícia, em razão do presente litígio”, explica.

O concurso

As provas do concurso público das forças de segurança de Mato Grosso foram realizadas nesse domingo (20). Ao todo, 66 mil pessoas estavam inscritas.

O concurso, que foi prometido pelo estado desde 2016, foi realizado para formação de cadastro de reserva. Entretanto, o governo promete chamar 1.200 classificados ainda em 2022.

Os cargos de escrivão e investigador da Polícia Civil foram os mais procurados pelos “concurseiros”. Dos 66 mil inscritos, foram quase 34 mil somente na instituição.

Com G1 de Mato Grosso