Cápsula de carvão ativado a partir da biomassa de banana produzida na Unemat é patenteada
A Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) obteve a primeira patente de invenção concedida no dia 15 deste mês, com a produção de uma cápsula de carvão ativado para o tratamento de água, a partir da biomassa de banana.
Nas pesquisas experimentais com biomassa de banana, a acadêmica de mestrado Pércia Graczyk de Souza percebeu que o material era extremamente poroso, e que poderia resultar em um produto útil para o tratamento de água.
A invenção foi desenvolvida durante o curso de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola (PPGasp) da Unemat no campus de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.
O pedido foi realizado em 2016 e a patente expedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O projeto tem o título “Processo para obtenção de carvão vegetal ativo a partir dos frutos da bananeira”.
A tecnologia, desenvolvida durante o mestrado, pode ser utilizada em produção de cápsulas de carvão ativado para fins farmacológicos; como isolante térmico, acústico e elétrico para aplicações especiais e ainda em remoção, absorção de contaminantes químicos de água e esgoto no processo de tratamento e purificação.
A partir da concessão da patente, fica assegurada a propriedade da invenção em todo o território brasileiro, garantindo os direitos dela por 20 anos.
A inventora era bolsista de iniciação científica durante a graduação em engenharia de alimentos na Unemat. Atualmente, Pércia está finalizando o curso de doutorado na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Além da concessão desta primeira carta de patentes concedida à Unemat, outros dez processos de de invenção aguardam o trâmite no Inpi.
A Instituição já registrou sete programas de computador, quatro marcas e cinco cultivares agrícolas.