Casa de Marechal Rondon é tombada como patrimônio histórico de Rondonópolis

A casa de Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon foi tombada como Patrimônio Histórico de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. De acordo com registros e depoimentos de pioneiros do município, ela foi o primeiro imóvel de alvenaria construída por volta de 1900.

O município assinou o decreto com o tombamento com a finalidade de preservar o local. A regularização do Patrimônio histórico é o ponto inicial para desenvolver projetos culturais e preservar as características originais do imóvel.

“Serão feitos trabalhos de restauração, contenção e, mais para frente, um trabalho de visitação da casa”, disse o secretário de Cultura do município, Pedro Augusto Araújo de Carvalho.

A casa possui paredes de barro, portas e janelas de madeira. A construção chama atenção pela arquitetura. A sede da fazenda velha era morada do fundador de Rondonópolis entre 1918 a 1945, quando ele visitava a região.

O local também foi suporte para viajantes que navegavam pelo Rio Vermelho. Foi por onde chegaram as expedições da comissão construtora das linhas telegráficas, sob o comando de Marechal Rondon.

As linhas passaram pela propriedade para interligar Mato Grosso ao resto do país. Uma grande figueira que fica na casa servia de palco para saraus e bailes da época.

Depois da década de 40, a propriedade passou por outras famílias pioneiras na cidade e o forte do local era agropecuária.

De acordo com o secretário de Cultura, o local foi importante para o início da cidade.

“A fazenda era um ponto de parada de muitas comitivas que iam para Cuiabá, que já é uma cidade de 300 anos e tem a sua importância dentro das fronteiras nacionais. Então, esse acaba sendo um ponto do início de Rondonópolis e isso na formação da cultura tem um valor imenso”, explicou.

De acordo com a historiadora Jocenaide Rosseto Silva, é importante que o local seja conservado para mostrar a história do município aos moradores e turistas.

“Esta casa acompanha a história da cidade, ela é tão antiga quanto a cidade e, por isso, é importante que ela se torne patrimônio histórico conservado pela prefeitura. Espero que ela seja destinada à comunicar os moradores e turistas sobre a história da casa e a relação com a cidade”, contou.

Com G1 de Mato Grosso