Casal bolsonarista de MT que invadiram o senado, e xigaram os senadores foram presos

O casal bolsonarista Joelton Gusmão de Oliveira, e Alessandra Faria Rondon, que invadiram o Senado em atentado terrorista em Brasília no último domingo (08/01) e ela fez um vídeo xingando os representantes de Mato Grosso, foram presos por participarem do ato na Praça dos Três Poderes. O nome dele e da esposa constam na lista divulgada pelo governo do Distrito Federal nesta terça-feira (10/11).

O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados — sede de parte do Legislativo, também composto pelo Senado Federal. Até o fim da noite de segunda-feira (9), pelo menos 1,2 mil pessoas haviam sido presas.

Joelton e Alessandra moram em Vitória da Conquista (BA), mas ela é de Cuiabá e ele, de Jordânia (MG). No vídeo, na invasão do Senado, ela chama os senadores mato-grossenses – Carlos Fávoro (PSD-MT), ministro da Agricultura do Governo Lula, Wellington Fagundes (PL-MT) e Jayme Campos (União-MT) – de “traidores da pátria”.

“Hoje é dia 8 de janeiro. Estou sentada na cadeira do traidor da pátria de Mato Grosso [e mostra a placa de Fávaro]. Olha o outro do lado [e filma a placa de Fagundes]. O outro, Jayme Campos, traidor da pátria. Eu só saio daqui na hora que os traidores da pátria estiverem presos”, diz no vídeo.

Na sequência, ela comete mais um crime contra a democracia brasileira previsto na Constituição Federal, que é solicitar que as Forças Armadas dêem um golpe e assuma o governo: “Queremos intervenção militar. Intervenção militar já!”, afirma.

Enquanto Alessandra é mais ativa nas redes sociais e exibia a vida em acampamentos bolsonaristas em Brasília e na Bahia, Joelton é mais discreto, mas também exibe mensagens de apoio ao ex-presidente e sua última publicação em um dos perfils é um “pedido de socorro” às Forças Armadas – o que é crime contra a democracia.