Continua a falta de médicos legistas no IML e causa enormes transtornos
A falta de médicos legistas em número suficiente no Instituto Médico Legal (IML) de Rondonópolis tem gerado transtornos e prejuízos, principalmente para as forças da segurança pública, que estão tendo que levar detidos para realizarem exames de corpo de delito e outros para cidades vizinhas, como Jaciara e Primavera do Leste.
Outro reflexo disso é a demora na realização de exames de necrópsia e a consequente demora para a liberação de corpos, o que também gera uma série de transtornos para parentes e amigos dessas pessoas.
Na verdade, a cidade de Rondonópolis conta com quatro médicos legistas, mas destes dois estão afastados para tratamento médico e os dois restantes não dão conta da grande demanda.
Para ajudar a diminuir o drama, médicos legistas da cidade de Primavera do Leste estariam se deslocando para cá para ajudar nos atendimentos, mas, apesar de ajudar, isso não resolve o problema.
A situação foi denunciada por um deputado estadual, que é membro da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa e que já foi motivo de bronca de diversos internautas.
“Rondonópolis sofre com falta de médico legista. Sabe o que está acontecendo? Agora, o pessoal que está de plantão, a Polícia Civil, vai ter que pegar os presos e, antes de levar para a Cadeia ou para a Mata Grande, vai ter que levar esses presos setenta quilômetros para serem examinados em Jaciara. E depois, no final de semana, se precisar fazer um exame necroscópico, pessoas que tiveram morte no trânsito ou foram assassinadas, vão ter que ir para Primavera do Leste”, externou o parlamentar.
Ele conta que, como membro da Comissão de Segurança da AL, chegou a elaborar um relatório que continha um diagnóstico detalhado da situação da segurança pública no estado e que foi entregue para o governador Mauro Mendes (UB) há cerca de um ano e meio atrás, citando o problema da falta de médicos legistas em Rondonópolis e outras localidades do Estado, e que tal situação causa grande transtornos, pois além de ter que tirar os profissionais de seu trabalho rotineiro, esses constantes deslocamentos para outras cidades da região geram elevados custos financeiros.
Com o AtribunaMT