De cabeça raspada, espancador de rapaz em vídeo é preso

Dois homens foram presos na manhã desta terça-feira (08/12) suspeitos de filmarem e espancarem um homem dentro de uma oficina mecânica em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, por uma dívida de R$ 500.

A agressão aconteceu na quinta-feira (03/12), mas só chegou até a polícia no sábado (05/12), após a gravação viralizar nas redes sociais. A cena foi filmada por outra pessoa, que também fazia ameaças enquanto gravava, e que foi presa.

Um dos suspeitos, Gustavo Henrique Nilson Albues, é o que aparece no vídeo agredindo a vítima. Ele foi preso em um hotel em Cuiabá. O outro rapaz que filmava, Jhony Marlon Camargo de Souza, foi preso em uma fazenda em Tangará da Serra.

Gustavo chegou a gravar um vídeo se retratando , se identificando e confirmando que é o jovem que aparece nas imagens agredindo o trabalhador. Depois disso, fala sobre o motivo da agressão.

“Realmente foi por causa de dinheiro. O rapaz da filmagem, que foi prejudicado, não apanhou de graça, isso todo mundo sabe. Ele apanhou porque fez alguma coisa”, afirma no vídeo.

Em seguida, Gustavo admite que errou e pede desculpa.

“Nada justifica ter feito o que eu fiz, ainda mais ter gravado. Ele (a vítima) não reagiu, mas não foi porque tinha pessoas armadas, nem nada. Ele pode comprovar isso. Não tinha ninguém armado, não tinha um monte de gente, foi apenas eu e ele. E ele não reagiu, porque sabe que estava errado. Mas eu não tenho como justificar um erro com outro”, diz em outro trecho da postagem.

O caso

O vídeo começou a viralizar neste fim de semana. Nas imagens, Gustavo aparece bebendo uma cerveja e dá socos e tapas na vítima, perguntando sobre uma dívida.

Além disso, faz ameaças e chega a quebrar uma garrafa na cabeça do rapaz. A vítima não reagiu em nenhum momento.

O delegado Adil Pinheiro, que acompanha o caso, disse que o inquérito foi instaurado no sábado (5) e que, caso sejam condenados, os envolvidos podem pegar de dois a oito anos de prisão.

“Estamos instaurando um inquérito policial de tortura, tanto pela pessoa que aparece batendo, agredindo a vítima, quanto pelo que filma”, afirma.

Com G1 de Mato Grosso