Dois candidatos de Rondonópolis brigam na justiça para assumir vagas na câmara estadual e federal

Apurados os votos depositados nas urnas em 2 de outubro deste ano pelos eleitores mato-grossenses, MDB e PL travam agora uma briga nos tribunais para garantir mais uma cadeira para as siglas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na Câmara Federal.

Uma disputa no tapetão nas esferas judiciais que pode significar não só o aumento das bancadas para as respectivas siglas como também uma maior representatividade nos legislativos estadual e federal para os dois municípios mais importantes de Mato Grosso: Cuiabá e Rondonópolis.

Na Assembleia Legislativa, o imbróglio eleitoral envolve o deputado Delegado Claudinei (PL), que tem base eleitoral em Rondonópolis, e o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Juca do Guaraná (MDB).

Delegado Claudinei busca descongelar no TSE os votos obtidos pelo ex-prefeito de Chapada dos Guimarães, Gilberto Mello, que é o seu correlegionário e concorreu sub judice. Com isso, aumentar a sobra do PL e garantir mais quatro anos como deputado, ficando com a vaga do vereador cuiabano, eleito pela sobra maior do MDB.

A ação que pode garantir mais quatro anos para o Delegado Claudinei foi retirada de pauta de julgamento virtual no TSE, no último dia 28, pelo ministro Ricardo Lewandowski, que na sexta-feira (26) havia manifestado o seu voto favorável ao pleito do deputado rondonopolitano.

Agora, a apreciação do recurso para o descongelamento de votos do ex-prefeito de Chapada dos Guimarães será feita de forma presencial, ainda sem data para julgamento.

BRASÍLIA

Já na esfera federal é o MDB que espera ficar com uma cadeira que foi para o PL após a apuração dos votos nas urnas. O atual deputado federal, Carlos Bezerra, que tem domicílio eleitoral em Rondonópolis e conquistou 45.358 votos, aguarda uma possível cassação do deputado federal eleito Abílio Júnior (PL) para continuar na Câmara.

Com 87.055 votos, o terceiro mais votado na corrida por uma cadeira na Câmara Federal, o ex-vereador por Cuiabá concorreu graças a uma liminar concedida pelo Desembargador Márcio Vidal, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT), já que ele teve seu mandato no legislativo da capital cassado por quebra de decoro em 2020, o que em tese o deixa inelegível por oito anos.

O julgamento do mérito do caso poderá interferir no resultado das eleições deste ano e mudar a composição da bancada federal. Em caso de validação da cassação de Abílio, isso o deixaria inelegível e, portanto, os seus votos seriam anulados.

Com isso, o PL, partido de Abílio, perderia uma cadeira na Câmara e o MDB ficaria com ela. Como ficou na primeira suplência da sigla com 45.358 votos, o ex-prefeito de Rondonópolis por duas vezes, então, seguiria como deputado em Brasília.

Com o site A Tribuna