É desesperador, diz coveiro sobre enterros de vítimas da Covid-19
O aumento no número de mortes pela Covid-19 em Cuiabá assusta os trabalhadores que fazem os enterros das vítimas. Os 36 cemitérios da capital tiveram 50% de aumento na demanda desde o início a pandemia. De acordo com a Central Funerária da cidade, a média é de 45 atendimentos por dia, só na capital.
O coveiro Rogério Silva de Almeida disse que a rotina mudou nos últimos dias e que o período tem sido difícil.
“Muitas mortes. É um momento de desespero, A gente fica preocupado porque a gente tem família. É muita gente sendo enterrada, muitas mortes”, disse.
Rogério já se vacinou contra a Covid-19 e ele diz que agora a preocupação maior é com a família dele.
O número de mortes fez com que cemitérios realizassem enterros com intervalo de uma hora e alguns passaram a atender a noite para dar conta da demanda.
No Cemitério Despraiado, único que faz enterros pela Prefeitura de Cuiabá de vítimas de Covid, foram abertas 30 novas covas nesta semana. Se não houve redução no ritmo, em menos de 20 dias, não haverá mais espaço para novos sepultamentos.
O tempo todo 20 covas ficam abertas.
O diretor presidente da Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana, Vanderlúcio Rodrigues,
Desde o início da pandemia, há praticamente um ano, Mato Grosso já registrou mais de 6 mil mortes por Covid-19.
A médica epidemiologista Ana Paula Muraro diz que a sociedade precisa adotar medidas mais rigorosas para reduzir o número de mortes.
“Para vermos um importante e necessário impacto na transmissão de Covid-19 em Mato Grosso e assim desafogarmos os serviços de saúde e evitarmos mortes, são necessárias medidas de distanciamento mais rigorosas e adesão da população ao uso de máscaras e medidas de higiene”, disse.
Com G1 de Mato Grosso