Em Jogo movimentadíssimo Brasil e Argentina não saem do zero a zero

Há pouco mais de dois meses, a Seleção foi a Santiago na primeira rodada com volta de público para enfrentar um pressionado e animado Chile. Saiu de lá com a vitória na bagagem – gol de Everton Ribeiro no segundo tempo -, mas numa jornada com problemas na pior atuação – coletiva e individual – das Eliminatórias do forte time de Tite.

Agora, transfira-se para o alcapão de San Juan, que recebeu Argentina 0 x 0 Brasil. As duas partidas, separadas por dois meses, reservaram a menor média de idade brasileira nas Eliminatórias – mas contra a Argentina, os 26,5 anos de média representam a equipe mais jovem que Tite mandou a campo. Contra adversário mais forte, em festa e doido para confirmar a boa fase.

O jovem time do Brasil conseguiu baixar a temperatura do caldeirão na pequena cidade do interior da Argentina com muita marcação e destaque para o setor defensivo – desde a dupla de volantes, de laterais e de zaga até a participação disciplinada e precisa de Raphinha, Cunha e Vinicius Junior.

O time de Tite compensou a menor posse de bola (44% a 56%) com futebol mais vertical sem Neymar, mas com Vini Jr, que foi para a esquerda, com Paquetá ocupando a área do camisa 10.

Foram poucas chances, é verdade – inclusive, não teve um escanteio a favor e teve a segunda menor troca de passes de toda a sua participação nas Eliminatórias (399, contra 374 naquela partida contra o Chile, quando os brasileiros ficaram ainda menos com a bola). Mas também cedeu pouco espaço para a Argentina. Saiu de campo pela décima vez em 13 partidas sem sofrer gol.

Com o Globo.com