Em Mato Grosso. policiais civis fazem cota para manter delegacias

Policiais da Central de Flagrantes de Cuiabá estão fazendo cota para tentar melhorar as condições de trabalho nas delegacias.Categoria alega que o governo não fornece meios adequados e suficientes para que eles possam desenvolver o trabalho.

De acordo com o Sindicato dos Investigadores de Polícia (Sinpol), a situação é precária e a necessidade vai desde a necessidade de arrumar as fechaduras das portas, copos e até computadores, cadeiras e internet de qualidade, além da falta de servidores.

A ideia foi de um policial que se diz cansado de esperar o governo do estado fazer a manutenção do prédio e oferecer condições de trabalho favoráveis, de acordo com o sindicato.

Muitos policiais concordaram com a iniciativa e decidiram ajudar, alegando que o governo não fornece meios adequados e suficientes para que eles possam desenvolver suas atividades

Num grupo de WhatsApp foram listados uma série de itens e melhorias necessários nas delegacias, tais como: a troca de lâmpadas, pois à noite o ambiente fica muito escuro e dificulta os plantões; a troca por uma internet mais rápida e sem falhas de sinal; melhorias nos banheiros que estão sem chuveiros.

Além disso, alguns computadores não funcionam. Esses equipamentos poderiam ser utilizados pelos policiais, mas estão guardados por falta de manutenção. Eles mesmos estão tentando arrumar os computadores e substituir.

Outra situação que o Sindicato dos Investigadores de Polícia (Sinpol) tenta resolver há anos é a alimentação dos policiais. O presidente do Sindicato, Gláucio Castañon, conta que muitas vezes quando os policias conseguem se alimentar, a comida já está estraga pelo horário que é entregue.

Ele conta que a alimentação além da péssima qualidade é entregue por volta de 10h, no almoço, e 17h na janta. A refeição fornecida acaba sendo descartada no lixo, ou servindo de alimento para animais das redondezas das delegacias. Há muitos relatos no grupo sobre os policiais terem que pedir comida a parte, além de não ser fornecido alimentação para os plantonistas do interior.

“O Sindicato dos Investigadora já vem há anos cobrando da Secretaria de Segurança Pública (SSP-MT) e da Polícia Civil, que reverta esse dinheiro que eles pagam na marmita em um cartão alimentação, onde o policial com aquele mesmo valor, sem aumentar, poderia usar o cartão e adquirir a alimentação no momento em que ele fosse se comer. Até mesmo, as restrições alimentares que alguns possam ter, o policial escolheria a comida que melhor se adequasse dentro daquele valor. No entanto, até hoje não tivemos nenhuma resposta nesse sentido”, afirma.

Por G1 MT