Em Mato Grosso roubos e furtos de caminhões quase dobraram em 2021 

Os roubos e furtos de caminhões em Mato Grosso aumentaram 98% em 2021 em relação a 2020, segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).

No ano passado, foram registrados 161 roubos e 91 furtos de caminhões no estado. As cidades com os maiores índices desse tipo de crime são Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis.

O comandante da Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), Fábio Ricas, disse que muitos veículos que são roubados no Brasil são levados para a região de fronteira com destino à Bolívia.

“Os veículos de carga, de passeio, motocicletas e tratores também seguem essa dinâmica de serem levados para a Bolívia a fim de serem trocados, muitas vezes, por entorpecente. A Bolívia é um dos maiores produtores de coca e de cocaína do mundo”, disse.

Para diminuir esse índice, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Francisco Élcio Lucena, disse que serão intensificadas as fiscalizações nas rodovias.

“A Polícia Rodoviária tem trabalhado bastante especialmente no levantamento. Logo mais vai intensificar as fiscalizações, principalmente, em local que tem alta concentração de caminhão de carga”, contou.

Um dos roubos que fazem parte dessa estatística é o de um caminhão roubado na BR-163, em Jaciara, a 142 km de Cuiabá. O veículo foi localizado com a ajuda de um avião por uma empresa de rastreamento.

O diretor comercial da empresa de monitoramento, Rodrigo Abbud, contou que no último ano também sentiu aumento nas ocorrências entre os clientes.

“Em 2021 houve o reaquecimento da economia e principalmente na região de Mato Grosso, no Centro-Oeste. Por causa do agronegócio, naturalmente pela exposição desses veículos se tornassem alvos de bandidos focando não só a carga como também os caminhões”, disse.

O caminhoneiro Carlos Daniel de Barros trabalha no setor há 18 anos e contou que se sente inseguro nas estradas. Ele nunca foi roubado e disse que escolhe lugares seguros para dormir.

“Tem que escolher bem o local onde dormir, em um posto mais movimentado e se possível com câmeras”, contou.

Com G1 de Mato Grosso