Empresas de MT envolvidas em manifestos anti-democráticos tem contas bloqueadas pelo STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o bloqueio imediato das contas bancárias de empresários e de empresas de Mato Grosso listadas em relatório que identifica os supostos organizadores e financiadores dos manifestos que acontecem pelo país.
Cerca de 43 empresas de MT estão na lista. A determinação prevê ainda multas de mais de R$ 100 mil por hora de bloqueio e pede ainda que todos os empresários sejam ouvidos em 10 dias.
No documento do despacho do ministro mostra que a maioria das empresas são de Sorriso e representantes das cidades de Cuiabá, Nova Mutum, Tapurah e Água Boa.
As ações investigam os patrocinadores de uma ‘marcha’ de mais de 115 caminhões rumo à Brasília(DF) que foram com o objetivo de protestar contra o resultado das eleições presidenciais 2022.
Mais ações sobre o caso
Autoridades policiais e da Justiça pelo país identificaram uma série de pessoas como organizadoras e participantes de bloqueios ilegais feitos em rodovias federais e em quarteis pelo país. Os atos foram realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em todo o Brasil desde a derrota no 2º turno da eleição presidencial, no dia 30 de outubro.
Lula (PT) venceu e é o presidente eleito do Brasil para um mandato de 2023 até 2026. Contrariados com o resultado das urnas, os manifestantes pediam intervenção militar, o que vai contra a Constituição brasileira.
As listas com o nome de organizadores foram enviadas por órgãos policiais e Ministério Público para o Supremo Tribunal Federal, em um processo que apura as responsabilidades sobre os bloqueios golpistas.
A Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o relatório elaborado pela cúpula de segurança do órgão com a identificação de placas de caminhões, CPF, e CNPJs dos possíveis organizadores e financiadores dos manifestos em Mato Grosso.
Conforme informações, alguns desses CNPJs estão vinculados a empresas de comércio de autopeças, transporte rodoviário, de cereais e até de materiais de construção. São mais de 90 placas, no qual estão incluso caminhões, semirreboques, algumas caminhonetes e até micro-ônibus.
O STF corre ainda atrás de mais nomes envolvidos como líderes dos movimentos, entre eles alguns políticos que nem sequer ainda foram diplomados, e estão na mira da corte.