Espécie rara e ameaçada de extinção, cachorros-vinagres são encontrados por funcionários de fazenda
Funcionários de uma fazenda em Nova Bandeirantes, a 980 km de Cuiabá, encontraram cachorros-vinagres, durante uma pescaria. Os animais estavam se refrescando no rio. A espécie é rara e está ameaçada de extinção no país.
No vídeo gravado pelos funcionários, é possível ver os animais próximos à água e ouvir o som reproduzido por eles — e que não lembram o latido de cães.
De acordo com o pesquisador, doutor em ecologia e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Roberto Fusco, a espécie vive na naturezam em grupos de dois a seis indivíduosm e é caracterizada pelas pernas curtas e as garras afiadas e grandes, maiores do que de cães domésticos do mesmo porte.
Um animal adulto vive em média 10 anos. A espécie se alimenta principalmente de paca, tatu e roedores.
A aparição deste animal entre humanos é extremamente rara, segundo o especialista.
“Ele é o único canídeo sul-americano que vive em matilha, podendo chegar a viver em grupos de até 11 indivíduos”, ressaltou.
O Instituto Chico Mendes publica relatórios sobre o grau de risco de extinção da fauna silvestre e o cachorro-vinagre aparece como vulnerável. A espécie tem probabilidade de ser extinta em, no máximo, 100 anos. Esse risco se deve a desmatamento, atropelamentos, caça de suas presas e infecção por doenças, como raiva e sarna, transmitida por animais domésticos.
O animal é pouco conhecido pelos moradores locais e a aparição registrada pelos funcionários da fazenda, segundo o pesquisador, é uma demonstração de que há preservação ambiental no local, já que ambientes bem preservados são fundamentais para sua existência.
A suspeita de origem do nome curioso é que seja derivada de sua cor. No entanto, não há informações oficiais que indiquem isso.
Em junho desse ano, um cachorro-vinagre foi encontrado pela Polícia Ambiental em Paranatinga, a 411 km de Cuiabá, em uma propriedade rural. Na base da PM de Rondonópolis, recebeu os cuidados de uma médica veterinária, onde foi apelidado de Juca.
O animal foi encaminhado para um zoológico de Brasília.