Ex-presidente da Aprosoja é indiciado pela PF por atos antidemocráticos em 7 de Setembro
O ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan, está entre os 13 indiciados pela Polícia Federal pelos atos antidemocráticos do dia 7 de Setembro de 2021, quando apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) fecharam estradas e exigiram o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Produtor rural em Mato Grosso, ele foi indiciado por incitação ao crime e associação criminosa.
A investigação foi aberta em 2021, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que detectou convocações por meio das redes sociais para as manifestações antidemocráticas marcadas para o dia 7 de Setembro, data em que se celebra o Dia da Independência do Brasil.
De acordo com informações do site UOL, a PF concluiu que os investigados se articularam para realizar atos contra o Estado democrático. O inquérito foi enviado no mês passado para o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ele irá decidir se apresenta denúncia contra os acusados. O caso está sob sigilo.
Além de Galvan, também foram indiciados o deputado federal por Santa Catarina Zé Trovão (PL) e o cantor Sérgio Reis. Eles devem responder pelos delitos de incitação ao crime (pena de detenção de três a seis meses), associação criminosa (reclusão de um a três anos) e de tentar impedir o livre exercício dos Poderes.
Na época das manifestações, Zé Trovão foi alvo de mandado de prisão e ficou um mês foragido. No ano seguinte, ele foi eleito para o cargo de deputado federal. Atualmente, ele ainda usa tornozeleira eletrônica.
Ao site, Galvan disse que não recebeu nenhum tipo de notificação. Segundo ele, sua assessoria jurídica cuida do assunto.