Família reencontra desaparecido há 25 anos em Mato Grosso

Aldeir de Almeida e Silva, de 65 anos, era considerado desaparecido pela família há 25 anos. Ele foi encontrado em General Carneiro, a 455 km de Cuiabá, após anúncio nas redes sociais e ajuda da Polícia Militar, e manteve contato com a família, que mora em Minas Gerais, no sábado (26/06).

A sobrinha dele, Cinthya Daiane de Almeida Assis, disse que o tio morava em Belo Horizonte com a mulher, dois filhos e dois enteados, até desaparecer, em 1996.

Ela afirma que não sabe como ele foi embora, mas suspeita que, no dia do desaparecimento, tenha brigado com um dos enteados. Então, ele foi para o trabalho e não voltou mais.

Após 25 anos, uma advogada de General Carneiro entrou em contato com a família dizendo que a aposentadoria de Aldeir havia sido aprovada e que não conseguia achá-lo, pois o endereço estava errado.

A sobrinha então explicou para a mulher que não tinha informações sobre o paradeiro do tio e que a família não tinha nenhuma pista pelo tempo que já haviam perdido o contato.

“A advogada achou o número da minha tia e nós criamos esperança porque achávamos que meu tio estivesse morto. Fazia muitos anos que a gente não tinha nenhuma notícia”, contou.

Após a ligação da advogada, a família fez um anúncio em uma rede social com esperanças de achar Aldeir. Várias pessoas comentaram na publicação indicando o número da prefeitura de General Carneiro para a família ligar.

Após várias tentativas, Cinthya conseguiu falar com o Comando Regional da Polícia Militar de Barra do Garças, na segunda-feira (21) e eles foram até o município tentar encontrar Aldeir.

Na quarta-feira (23/06), a PM retornou a ligação dizendo que haviam achado o atual endereço da casa de Aldeir e que foram até lá, mas ele estava trabalhando em uma fazenda.

No sábado, a família conseguiu falar com Aldeir por telefone. Ele contou que atualmente mora com a mulher e 10 enteados. Pelo celular de um dos enteados do segundo casamento, ele conseguiu manter contato, mas o sinal da linha telefônica é baixo e eles não conseguiram conversar por muito tempo.

Cinthya contou que a avó dela tem 83 anos e que o sonho dela era reencontrar o filho antes de morrer.

“A minha avó ficou super feliz, a esperança dela era achá-lo. Ela sempre falava que, antes dela morrer, o sonho era ver o filho novamente, dar pelo menos um abraço nele porque ele é o único filho que se parece com a minha avó. De oito filhos que ela tem, ele é o único homem”, afirma.

A sobrinha contou que o avô dela também sempre falava que queria encontrá-lo antes de morrer, mas não conseguiu e morreu antes de saber qualquer notícia do filho.

A família ainda não falou novamente com Aldeir e também não marcaram de se encontrar devido ao sinal baixo de telefonia, mas esperam que o encontro presencial aconteça logo.

Com G1 de Mato Grosso