Fazendeiro que matou onça e gravou vídeo no Pantanal é condenado

O fazendeiro que matou uma onça-pintada a tiros e depois gravou um vídeo abraçado a ela em Poconé, a 104 km de Cuiabá, na região do Pantanal Mato-grossense, foi condenado a pagar R$ 150 mil para a ONG Ampara Animal. O crime ocorreu em abril deste ano. O site  não conseguiu localizar a defesa dele até a última atualização desta reportagem.

O fazendeiro foi autuado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com aplicação de multa de R$ 3 mil por abater a onça e pagará R$ 150 mil por dano moral coletivo.

O montante deverá ser repassado em até 30 parcelas de R$ 5 mil à organização não-governamental.

Foi estabelecido ainda, em caso de descumprimento, o pagamento de multa correspondente a 2% do valor da obrigação com inclusão de correção monetária e juros moratórios de 1% ao mês.

De acordo com o Ibama, o fazendeiro atirou e matou uma onça-pintada e produziu um vídeo abraçado ao animal, que foi publicado nas redes sociais. Ele alegou que a onça teria causado prejuízos financeiros, já que se alimentava de bezerros criados na propriedade dele.

O Ibama disse que existem outras formas de espantar as onças da proximidade do rebanho, sem necessidade de atirar e promover o abate irregular e de forma cruel.

Relembre o caso

Um vídeo que rodou nas redes social mostrava o fazendeiro abraçado à onça, após ter dado um tiro na cabeça dela. No vídeo ele diz:

“Chora não, bebê! Aqui não tem mamãe e nem papai. É Lapada do Língua Preta. Você não vale b* nenhuma, sua filha da p*. Se você fosse fêmea, eu dava uma cochada em você. Sua sem vergonha. Não vale nada. Aí viu? É assim que o homem faz. Obrigado!”

No mesmo dia, Benedito Nédio Nunes Rondon teve a prisão preventiva decretada. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, sendo um na residência e outro na fazenda dele.

Conforme a Polícia Civil, o suspeito teria outras armas de fogo, além de couro, patas e outros materiais decorrentes de caça ilegal de animais silvestres na casa e na fazenda dele.

Com G1 de Mato Grosso