Flamengo vence Atlético-MG, diminui distância para líder e respira no Brasileiro
O cenário para um desastre estava anunciado. Além da eliminação na Copa do Brasil e a crise sobre o técnico Renato Gaúcho, o Flamengo ainda viu Rodrigo Caio se lesionar ainda no aquecimento. Mas jogos não se ganham antes de a bola rolar e favoritismo só é confirmado com gols. Quando foi para valer, o Atlético-MG não teve chance.
Melhor para o rubro-negro, que fez valer o Maracanã a seu favor para vencer o Galo por 1 a 0, com gol do Michael. A distância para o líder ainda é grande, mas o resultado mantém a disputa pelo título brasileiro aberta.
O Flamengo tem 49 pontos e está a dez do Atlético-MG. Mas tem dois jogos a menos. Ou seja, virtualmente, a distância pode ser de quatro pontos. Isso explica a grande comemoração de jogadores e torcedores após o apito final.
Quem esperava uma atuação de gala do Atlético-MG ou horrenda do Flamengo, viu uma partida digna de dois postulantes ao título. A boa ou má fase de ambos não entrou em campo e o equilíbrio foi louvável.
Mas no encaixe das equipes, um confronto foi decisivo: Michael contra Guga. O baile que o atacante rubro-negro deu no lateral-direito foi tão constrangedor que Cuca colocou Diego Costa no intervalo. O tempo perdido acabou sendo decisivo para o Flamengo abrir o placar: após cruzamento de Isla, Bruno Henrique desviou de cabeça para o xodó de Renato Gaúcho marcar.
— Criamos grandes chances, fui feliz na jogada do gol, tínhamos treinado isso — declarou Michael.
Portanto, Cuca cometeu um erro grave. Lutando pelo empate, tirou Nacho Fernández de campo, o homem que estava controla as ações no meio-campo. Ao mesmo tempo que empilhou atacantes, deixou o setor central mais frágil.
Ficou fácil para o Flamengo controlar as ações. Fechado, diferentemente da equipe ofensiva ao qual a torcida acostumou, bastou acordar as dezenas de cruzamento na área para ficar com a vitória. Festa rubro-negra e a certeza que o Brasileiro está aberto.
Matéria publicada originalmente no site O Globo