Flu tem vitória maiúscula por 3 a 1 sobre o River Plate, libertadores.

Nada como voltar para casa com a classificação “na bagagem”. O jogo era enorme, e o Fluminense teve uma atuação digna de seus 119 anos. Fora de casa, o Tricolor mandou no jogo contra o River Plate, venceu por 3 a 1, gols de Caio Paulista, Nene e Yago, e saiu do Monumental de Núñez classificado às oitavas de final da Libertadores com o primeiro lugar do grupo D.

No fim, o sofrimento da última rodada, sem que a vaga no mata-mata estivesse garantida, compensou. Mesmo com um a mais durante grande parte do segundo tempo após a expulsão de Maidana, o Flu sofreu um gol no fim do jogo, de Girotti, e teve que lidar com a pressão dos argentinos. Aos 47, entretanto, Yago aproveitou a tranquilidade e belo passe de Abel Hernández para deslocar Armani e dar números finais ao jogo.

Os primeiros 45 minutos deram razão a Roger Machado, criticado durante a semana pelas escalações e mudanças na equipe. Com Caio Paulsita e Gabriel Teixeira incomodando na frente e os laterais bem postados, o Fluminense começou o jogo sólido e com boa atuação. A pressão na saída de bola do River Plate funcionou, e o Tricolor teve boas chances para abrir o placar desde o início.

Os tricolores quase soltaram o grito de gol com Nino, aos 9, em cabeçada que tirou tinta da trave. E tomaram um susto aos 11, quando Borré obrigou Marcos Felipe a fazer duas defesas no mesmo lance. Aos 21, porém, o sistema funcionou desde o começo da jogada: Samuel Xavier roubou bola na defesa e puxou contra-ataque. Fred recebeu aberto na direita e cruzou com perfeição para Caio Paulista abrir o placar. Roger queria que Caio jogasse em profundidade. Deu certo. Pouco tempo depois, aos 25, perigo: Carrascal fez grande jogada pela esquerda e soltou uma bomba na trave. Mas ficou só no susto.

Acostumado a balançar as redes, Fred teve noite de garçom no Monumental de Núñez. Depois de cruzar para o gol de Caio Paulista, o camisa 9 deu um bolão de cavadinha para Nenê pegar de voleio e contar com desvio para aumentar. Belo lance da dupla de veteranos, por vezes questionada no Fluminense, mostrando que nada substitui o talento.

Atrás no placar, o River Plate voltou diferente do intervalo. O técnico Marcelo Gallardo não quis saber de esperar o segundo tempo e fez três mexidas. Os argentinos trocaram Lecanda, Simón e Carrascal por Rojas, Palavecino e Suárez. As mudanças fizeram o time da casa melhorar no jogo: os primeiros 15 minutos foram de mais posse de bola e ocupação do campo de ataque do Tricolor, que em vantagem, se postava para sair em contra-ataque.

Quando era melhor no jogo apesar do placar adverso, aos 20 do segundo tempo, o River Plate ficou em desvantagem também numérica. Depois de Matías Suárez acertar Luccas Claro em jogada morta na linha de fundo e tomar um cartão amarelo, o zagueiro Maidana deixou o cotovelo no rosto de Caio Paulista e acabou expulso pelo uruguaio Esteban Ostojich.

Com um a mais em campo e novas peças na equipe após as substituições de Roger Machado, o Fluminense sofreu pressão. Precisando do resultado, o River Plate foi para cima e diminuiu o marcador com Girotti, que se antecipou a Luccas Claro e deslocou Marcos Felipe em cruzamento da direita aos 40 do segundo tempo. Yago sacramenta vitória.

Aos 47, quando era pressionado, o Fluminense sacramentou a vitória épica no Monumental de Núñez. Yago aproveitou a tranquilidade e belo passe de Abel Hernández para deslocar Armani e dar números finais ao jogo.