Governador de Mato Grosso quer comércio aberto sem restrições
Além disso, “não dá pra ficar fechado 6 meses” foi o que afirmou o Governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, após assinar decreto que libera a retomada da atividade econômica, bem como parques públicos, igrejas e prevê o retorno das aulas nas escolas estaduais a partir de 4 de maio, o governador Mauro Mendes (DEM) acredita que pode haver uma liberação total do comércio e não apenas gradual, como vai realizar a prefeitura de Cuiabá a partir de 27 de abril. Segundo Mauro, a recomendação é baseada, principalmente, nos bons números que o Estado tem apresentado no período em que a quarentena foi instalada.
Segundo ele, apenas 2,8% dos leitos de UTI destinados aos pacientes com Covid-19 estão sendo ocupados. A única exigência é que os estabelecimentos cumpram medidas sanitárias – disponibilização de higienização das mãos e álcool em gel – e obrigue a utilização de máscaras de proteção. “Não tem estrangulamento do sistema de saúde e nos próximos dias vamos dobrar os leitos e teremos capacidade de atender as pessoas. Então, se estamos assim, vamos recomendar que os prefeitos não façam restrições da atividade econômica”, frisou o governador em entrevista virtual na tarde desta segunda-feira.
Porém, observou que o Estado seguiu o que orienta a Organização Mundial da Saúde sobre a pandemia. “ A OMS recomendou o isolamento até que o sistema de saúde se estruturasse, e nós fizemos isso. Ampliamos a nossa rede de saúde e teremos mais de 1 mil leitos exclusivos para atender pacientes da covid-19”, prosseguiu.
Mauro Mendes ainda advertiu aos gestores municipais que, a partir de agora, caberá a eles, darem explicações sobre a paralisação das atividades econômicas. “Se eles mantiverem as restrições, nós vamos respeitar, mas quem terá que se explicar perante a população sobre a paralisação das atividades econômicas serão os senhores prefeitos”.
Mauro explicou que o decreto tem como base dados atuais da Secretaria de Saúde. Questionado se a previsão de que o pico do novo coronavírus ainda não chegou no Brasil, ele colocou que está trabalhando com o momento atual para tomar as decisões.
Ele disse ainda que a revisão do decreto liberando a atividade econômica só ocorrerá se a taxa de ocupação dos leitos atingir 60%. “Não estamos trabalhando com estimativas, mas sim com o real e concreto. A realidade é que estamos com 2,8% da capacidade ocupada, quando chegar a 60% nós avaliaremos. Quando vai chegar esse pico, não nos interessa. Mas estamos preparados para atender as pessoas e, se chegar aos 60%, reavaliaremos”.
Por fim, o democrata demonstrou preocupação com a crise econômica e social que se avizinha caso a quarentena obrigatória – com fechamento da atividade comercial – seja mantida. “Ouvi falar e o ex-ministro Mandetta disse isso, que a pandemia poderia durar até o mês de setembro. Vamos ficar tudo fechado até lá, a economia aguenta”, questionou.
E ainda reforçou os bons índices do Estado no combate a doença, com ocupação mínima de leitos de UTI. “Neste nível de contaminação, poderemos ficar meses assim. E dá pra ficar três, quatro cinco, seis meses sem trabalhar”, voltou a questionar.
LIBERAÇÃO EM CUIABÁ
Na última segunda-feira, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou a retomada gradual da atividade econômica. Lojas poderão abrir a partir de 27 de abril em período reduzido, sempre observando as regras de distanciamento, fornecendo materiais de higiene e obrigado o uso da máscara.
Além disso, aumentou horário do funcionamento dos supermercados e postos de combustíveis. Porém, shoppings, bares e restaurantes seguem sem poder funcionar na cidade. Ao contrário das igrejas, que tiveram missas e cultos liberados, mas com capacidade de 30% da lotação e sempre sendo higienizada.
Com Folha Max