Greve dos caminhoneiros: entidades seguem divididas sobre adesão

Entidades e associações que representam caminhoneiros seguem divididas quanto à adesão à paralisação prevista para ocorrer da meia-no domingo, agora tem uma nova data. A realização da greve não é unanimidade entre os transportadores rodoviários. Algumas entidades apoiam a interrupção das atividades e já estão organizando a paralisação, enquanto outras são contrárias e uma terceira parte ainda avalia se vai participar ou não dos atos que tendem a se estender ao longo desta semana, segundo representantes ouvidos pelo Broadcast.

Vídeos de transportadores organizando o movimento circulam pelas redes sociais na manhã deste domingo. Em Barra Mansa (RJ), caminhoneiros estendem faixas dos atos próximos à rodovia Presidente Dutra e se reúnem em postos de combustível. Nas faixas contam dizeres como “Estamos no limite”, pedidos de preço “justo” do diesel e lembretes ao cumprimento da lei 13.703/2018, que institui a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. Em Natal (RN) também há mobilização de alguns transportadores.

O movimento é organizado por algumas entidades da categoria, como o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Entre as reivindicações dos caminhoneiros estão o fim da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras para combustíveis, maior fiscalização nas estradas para cumprimento do piso mínimo de frete e a aposentadoria especial para os motoristas a partir de 25 anos de trabalho por envolver atividades insalubres. O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, disse ao Broadcast que a entidade mantém o apoio ao movimento e orienta seus associados a paralisarem as atividades.

A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) informou que reforça a posição contrária aos atos, apesar de considerar o movimento “justo” e “pertinente”. O presidente da associação, Wallace Landim, conhecido como Chorão, afirmou que a entidade não vai participar da paralisação, após decisão tomada em reunião com associados na última quinta-feira (22).

Parte da Matéria do Estadão