Grupo folclórico de MT embarca na Coréia do Sul e representa o Brasil em três festivais
O Grupo Folclórico Flor Ribeirinha embarca neste sábado (30/09) na Coréia do Sul, para representar o Brasil e a cultura popular mato-grossense em três festivais folclóricos na Ásia.
O Cheonan World Dance Festival é considerado um dos maiores festivais competitivos de danças folclóricas mundiais, e acontece junto com o Congresso Mundial da Federação de Festivais Internacionais de Dança, que reúne representantes de mais de 60 países.
Criado há 30 anos na comunidade de São Gonçalo Beira Rio, às margens do Rio Cuiabá, o grupo foi convidado pela Federação de Festivais Internacionais de Dança (FIDAF) e já representou o Brasil no país asiático em 2016, ficando em segundo lugar.
Segundo o diretor artístico, Avinner Brandão, o grupo se preparou por meses antes de embarcar e levará o siriri cuiabano como expressão dos saberes e repasses da vivência cotidiana do Centro-Oeste do Brasil.
“Teremos coreografias de 15, 10 e 5 minutos com performances diante da cultura popular brasileira que evidencia a identidade, cores e força do nosso povo. O enredo traz à tona o Boi Bumbá como força de expressão dos povos originários da Amazônia enquanto firmamento da identidade étnica e cultural do nosso país” , conta.
Além das apresentações em Cheonan, o grupo também se apresenta no 32° Festival Korea Dance em Changwon e no Seongdong-gu World Folk Dance Festival em Seul, que aguarda cerca de 200 mil espectadores.
De acordo com Avinner, os figurinos das apresentações também foram pensados para levar ao palco um pedaço do Brasil. “Já em Mato Grosso, o Flor Ribeirinha conecta a sua história com renomados artistas locais e promete levar ao palco coreano figuras da cultura do Estado, em cores, formas e movimentos vibrantes”, observou.
A atual coreógrafa do grupo, Mariana Laura, diz que o foco é mostrar a essência do povo cuiabano e brasileiro.
“Nós vamos atuar levando a cultura de Mato Grosso, de Cuiabá e mostrar a essência e ancestralidade indígena do povo cuiabano e brasileiro, que é uma das coisas que mais temos de melhor”, conta.
A fundadora e presidente do grupo Flor Ribeirinha, Domingas Leonor da Silva, diz que se surpreendeu com a oportunidade. “Eu não esperava que um dia nós do Flor Ribeirinha, iríamos ter essa oportunidade tão maravilhosa de mostrar a nossa cultura para o mundo”, disse.