Homem, suspeito de matar a esposa é preso 25 anos após o crime
Um homem suspeito de matar a sua esposa a facadas em 1998 foi preso pelo crime pela Polícia Civil nesta segunda-feira (27/03), no Terminal Rodoviário de Cáceres, a 220 km de Cuiabá.
De acordo com a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, após o crime, o foragido trocou de identidade e morou em várias cidades e estados.
Almira Olaria da Silva foi assassinada pelo companheiro no dia 27 de março de 1998, em Cuiabá.
Nas últimas semanas, segundo a polícia, os investigadores receberam informações de que o réu estaria na capital e passaram a realizar buscas para localizá-lo e prendê-lo.
Na sexta-feira (24), o Núcleo de Inteligência da DHPP verificou que o foragido possivelmente estaria na cidade de Cáceres, sendo pedido apoio aos policiais da 1ª Delegacia de Polícia do município no cumprimento da prisão.
O feminicida foi encaminhado à delegacia para as providências cabíveis, sendo posteriormente colocado à disposição da Justiça.
Após mais de 25 anos o crime não é prescrito?
Os crimes de feminicídio (homicídio cometido contra mulheres por conta de descriminação de gênero ou motivo por violência doméstica) e estupro entraram em pauta para o rol de crimes imprescritíveis em 2019, após a apresentação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 75/2019, da senadora Rose de Freitas.
O PEC 75/19 procurou colocar os dois crimes entre os inafiançáveis e imprescritíveis, como o racismo e a ação de grupos armados contra a constituição e a democracia.
O projeto foi aprovado pelo Senado Federal no dia 6 de novembro de 2019, e teve o parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.