IFMT entra em greve e 14 campus de MT estão sem aulas desde segunda-feira

O IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso) paralisou suas atividades em 14 campus no estado desde segunda-feira (08/04). As instituições de Mato Grosso se juntam a mais de 400 outras instituições em 23 estados do Brasil que estão com aulas e atividades suspensas por tempo indeterminado.

Veja na tabela abaixo os institutos e as datas que cada campus entra em greve:

  • IFMT – Reitoria (08/04)
  • IFMT – São Vicente da Serra (03/04)
  • IFMT – Alta Floresta (08/04)
  • IFMT – Barra do Garças (08/04)
  • IFMT – Confresa (08/04)
  • IFMT – Cuiabá – Bela Vista (08/04)
  • IFMT – Diamantino (08/04)
  • IFMT – Guarantã do Norte (08/04)
  • IFMT – Pontes e Lacerda (08/04)
  • IFMT – Primavera do Leste (08/04)
  • IFMT – Rondonópolis (08/04)
  • IFMT – Sinop (08/04)
  • IFMT – Sorriso (08/04)
  • IFMT – Tangará da Serra (08/04)
  • IFMT – Várzea Grande(08/04)
  • IFMT – Cuiabá – Octayde Jorge da Silva (09/04)
  • IFMT – Lucas do Rio Verde (15/04)
  • IFMT – Campo Novo do Parecis (22/04)

Em todo o estado, 18 campus aderiram ao movimento e deflagraram greve, alguns a partir desta segunda, outros ao longo do mês de abril.

Apenas a IFMT de Juara, a 693 km de Cuiabá não aderiu ao movimento.

Na quinta-feira (04/04), a mesa setorial permanente de negociação com o MEC (Ministério da Educação) enviou um ofício convocando o órgão para uma reunião de negociação no próximo dia 10 de abril para dar encaminhamento às tratativas coletivas do movimento.

Segundo o pedagogo Ivo da Silva, coordenador geral do SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), de Mato Grosso e Coordenador Jurídico do Sinasefe Nacional, até essa data mais de 400 campus estavam no movimento.

“Esperamos que na reunião do dia 10 de abril, o governo apresente uma proposta para sairmos dessa greve. Chegou a 400 campus em greve, e isso representa mais de um milhão de alunos sem aulas”, afirma.

Greve geral no país

As 53 seções sindicais/sindicatos distribuídos no Brasil, votaram nos últimos dias o estado de greve por meio de plenárias virtuais e presenciais.

Segundo Ivo Silva, o movimento é do setor da Educação Federal, ou seja Universidades Federais, técnicas e professores, Institutos Federais e técnicos e professores.

Qual o motivo da greve?

Entre as pautas do movimento destacam-se a reestruturação das carreiras, a recomposição salarial, a revogação de medidas que prejudicam a educação e a recomposição do orçamento das instituições educacionais, com reajuste imediato dos auxílios e bolsas de estudantes.

No entanto, o coordenador-geral afirma que não é massiva a participação dos estudantes.

E de acordo com o presidente do grêmio do IFMT Campus Cuiabá, Paulo Netto, cerca de 90% dessa greve é voltada exclusivamente para os docentes na parte de jurisdição e leis. Porém ele afirma que isso atinge os estudantes de todas as formas.

“Nós, estudantes, entendemos que a greve nos afeta 100%, porque não ter técnicos administrativos e professores satisfeitos com seu trabalho e salários afeta diretamente na qualidade do ensino e das aulas”, completa o estudante.