Maior ídolo do Vasco, Roberto Dinamite, morre aos 68 anos
O nome que se tornou sinônimo de gol e consagrou-se como maior ídolo da história do Vasco deu seu último adeus. Roberto Dinamite morreu neste domingo(08/01), aos 68 anos. O craque travava uma batalha contra um câncer no intestino desde o fim do ano de 2021 e estava internado desde sábado no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca. Além de ter marcado época como o maior artilheiro do Vasco, ele teve dois mandatos como presidente, entre os anos de 2008 e 2014. O clube deixou em vida uma homenagem ao camisa 10: uma estátua que fica atrás de um dos gols de São Januário.
Nas redes sociais, a família do ídolo cruz-maltino agradeceu todo o apoio e as mensagens de carinho. Além disso, informou que o velório será nesta segunda-feira(09/01), das 10h às 19h, em São Januário.
Roberto Dinamite é o maior artilheiro do brasileiro
Dinamite também deixa o legado de ser o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols marcados na competição, e do Campeonato Carioca, com 284 gols.
Além do Cruz-Maltino, o craque ainda teve passagens pelo Barcelona (ESP) e defendeu a Portuguesa e o Campo Grande. Atuou também pela Seleção Brasileira na Copa de 1978 e esteve no grupo de convocados de 1982. Fora de campo, foi eleito vereador em 1992 e posteriormente teve cinco mandatos como deputado estadual.
De onde veio o apelido Dinamite
Nascido em Duque de Caxias em 15 de abril de 1954, Carlos Roberto de Oliveira viu seu destino se cruzar com o Vasco em 1969. O “olheiro” Gradim de Caxias apresentou o jovem de 15 anos (na época conhecido pelo epíteto de “Calu” e que jogava no clube amador São Bento) para fazer um teste em São Januário sob o comando de Célio de Souza, técnico dos juvenis do Cruz-Maltino. Logo se destacou por seus gols de cabeça e pela colocação na área no Campeonato Estadual de 1970.
Tidavia, em 1971, logo depois de ter ajudado a equipe a ser campeã carioca juvenil, Roberto foi alçado aos profissionais pelo então técnico cruz-maltino Admildo Chirol, logo no Campeonato Brasileiro. Após estrear no decorrer da derrota por 1 a 0 para o Bahia e ser titular no revés para o Atlético-MG, o dia 25 de novembro seria um divisor de águas para sua trajetória.
Lançado no lugar de Gilson Nunes durante a partida contra o Internacional, o atacante driblou quatro jogadores e chutou da intermediária para o fundo da rede do goleiro Gainete. O gol, que ratificou a vitória por 2 a 0, foi celebrado pelo “Jornal dos Sports” com a manchete “Garoto-Dinamite explodiu”. A partir daí, o jovem Roberto se consagrou de vez como Roberto Dinamite.
Primeiro contrato com o Vasco
Após ter alternado partidas entre os juvenis e os profissionais do Cruz-Maltino, Roberto assinou seu primeiro contrato com o clube, em 1973. O atacante lembrava com carinho de um duelo entre Vasco e Santos no qual seu gol marcado rendeu elogio de um “Rei”.
Após um cruzamento do Paulo César “Puruca”, peguei de voleio e fiz um belo gol. Aí, fui para a torcida do Vasco, comemorei e quando estou indo para o centro do campo, passei por ele, que me falou: “pô, parabéns, garoto, belo gol!”. Eu falei: “pô, que é que é isso, Pelé!”. Olhei assim, espantado… “Pelé falou isso para mim!”. É uma coisa que me emociona até hoje porque me marcou muito. Era diferente do que é hoje a ligação com o ídolo. Eu vinha do juvenil em 1972, tinha subido para os profissionais em 1973 e fomos campeões em 1974, no primeiro ano no qual fui artilheiro – afirmou durante “live” no “De Casa Com o LANCE!”, em 2020.
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