Mato Grosso é o lider em envio de embalagens agrícolas para reciclagem
Mato Grosso é o estado com maior volume de destinação adequada das embalagens vazias de defensivos agrícolas, com mais de 90% dos plásticos reaproveitados, segundo Instituto Nacional De Processamento De Embalagens Vazias (Inpev). Em Cuiabá, as embalagens são transformadas em dutos de plástico reciclado, que são usados na construção civil.
Em 2022, o ministério da agricultura autorizou o registro de 555 novos agrotóxicos. A quantidade de aprovações foi a terceira maior desde o início da série histórica anual.
As milhares de toneladas de produtos químicos usados na agricultura precisam de embalagens especiais e, por lei, os compradores devem devolver os recipientes vazios até um ano depois da compra. O local de entrega é indicado na nota fiscal.
Desde a implantação desse sistema, até 2023, o Brasil atingiu a marca de 750 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas de forma ambientalmente correta, e tem aumentado ano a ano.
Em 2022, o número de materiais descartados corretamente era de 3.800 toneladas. Já em 2023 aumentou para 53 mil e, de todas as embalagens recebidas, 7% são incineradas e 93% são recicladas.
O presidente do Instituto Nacional de Processamento, Marcelo Okamura, explicou que “o trabalho que está sendo feito pelos produtores, junto com os desenvolvedores das embalagens e do sistema de distribuição, mostra que a integração de todos esses setores levam ao sucesso”.
Benefícios
Segundo a engenheira ambiental Thaila Vilas Boas, o descarte incorreto pode trazer sérios prejuízos, tanto quanto à saúde, dos seres humanos, dos animais, quanto ao agricultor.
“Ao fazer a destinação correta dessas embalagens de defensivo, além de estar ajudando o meio ambiente, o agricultor ganha em questão de certificações, o que favorece negócios”, explicou.
Logística reversa
A lei da logística reversa foi regulamentada em Mato Grosso e determina que “fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e o poder público possuem responsabilidade compartilhada pelos resíduos resultantes do pós-consumo dos produtos”. O certificado comprova que a quantidade de embalagem que foi colocada no mercado será reciclada.
A medida é obrigatória e foi estabelecida pelo Decreto Nº 112, publicada no Diário Oficial, em fevereiro deste ano.