Mato Grosso é o único estado que não terá redução da população até 2070

Mato Grosso é o único estado que não terá a população encolhida nos próximos anos, de acordo com as projeções divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (22/08). No Brasil, a população vai começar a reduzir em 2042, mas o estado se mantém estável até, pelo menos, 2070 – último ano para o qual a projeção foi feita.

  • O último Censo (2022) aponta que o estado tinha 3.658.813 habitantes
  • Em 2070, esse número deve saltar para 5.265.603 habitantes (+43.91%)

Com esse aumento, Mato Grosso passará de 16º para 13º estado mais populoso do país.

Para o sociólogo e professor de economia na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Mauricio Munhoz, essa projeção é consequência da dinâmica econômica do estado, que está em crescimento devido à oferta de empregos.

“Mato Grosso tem muita perspectiva de crescimento, não só no agronegócio, mas também com a industrialização e o setor de serviços, que está muito dinâmico e em crescimento. Os municípios apontam uma tendência de aumento populacional muito grande e, por isso, o estado tem característica de aumentar a população em ritmo maior do que o de hoje”, explicou.

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgado no último sábado (17/08), Mato grosso tem a segunda menor taxa de desocupação do país no 2º trimestre de 2024, nos meses de abril, maio e junho. O índice é de 3,3% e o estado fica atrás somente de Santa Catarina, com 3,2% de desocupação.

“Quando se tem a agricultura é uma coisa, quando você agrega serviços e indústrias, você agrega muito mais contingente populacional para atender essas demandas. Hoje, o estado tem uma das menores taxas de desemprego do país, e isso mostra que, para ocupar emprego, precisa de gente”, pontuou Munhoz.

Conforme o IBGE, daqui 46 anos, a idade média da população de Mato Grosso deve passar de 32 anos para 44,8 anos. Apesar disso, o estado deve ter a população mais jovem do Brasil (veja acima).

Segundo o sociólogo, devido à oferta de emprego, o fluxo migratório para o estado é grande, especialmente da população jovem, que está iniciando a carreira profissional e busca uma oportunidade de melhoria de vida.