Menor que estava desaparecido é encontrado amarrado e decapitado

A polícia Civil localizou nesta quarta-feira (06/07) um corpo que pode ser de  Ariel da Silva Andrade, de 15 anos, que estava desaparecido em Juruena (880 km de Cuiabá). As roupas encontradas no cadáver batem com as que o adolescente vestia na última vez que foi visto. O corpo, em decomposição, estava enterrado em uma propriedade rural, na estrada São Cristóvão, à beira de uma área alagadas. 

O corpo estava com as mãos amarradas e a cabeça decapitada. Pela altura do cadáver e as vestes encontradas, semelhantes às que o adolescente usava na noite em que desapareceu – uma camiseta azul e uma bermuda vermelha – a suspeita é de que o corpo seja do adolescente.

A perícia da Politec foi acionada para recolhimento do corpo e análise do local. O delegado Mateus Reiners explica que aguardará o resultado do exame de necropsia para confirmar a identidade do corpo.

Ariel foi visto com vida pela última vez na noite do dia 31 de maio. De acordo com a investigação realizada pela equipe da Delegacia de Juruena, o adolescente estava em uma conveniência da cidade com um grupo de conhecidos, onde passou a tarde. Por volta das 18h, o grupo saiu do local. Depois, ele foi visto pela última vez após enviar uma mensagem por celular, quando estava próximo a um posto de combustível.

O antigo patrão da vítima foi ouvido na Delegacia de Juruena e informou em depoimento que o adolescente prestou serviços na construção de cercas, há três meses.

Conforme as informações coletadas na investigação, a vítima teria dito que era do Maranhão onde já tinha, supostamente, integrado uma facção criminosa e mostrava em rede social um código que identifica o grupo criminoso.

Execução 

A suspeita, conforme as primeiras investigações e com base em dados coletados pela equipe policial, é que o adolescente

tenha sido executado a mando de uma facção rival, após ser descoberto pelos criminosos durante sua passagem pela cidade.

O modo como o corpo foi encontrado – com mãos amarradas e a cabeça decapitada – é um claro indício de crime cometido por facção criminosa, apontou o delegado.

Um familiar do adolescente também foi ouvido pela Polícia Civil e a equipe da Delegacia de Juruena está com outras diligências em andamento para esclarecer as circunstâncias e autoria do crime.

O delegado destacou o empenho da equipe de investigação, que desde o registro do desaparecimento, realizou levantamentos e reuniu elementos informativos para chegar ao paradeiro de Ariel.