Ministro da Justiça comenta sobre chacina em MT e critica ‘proliferação’ de clubes de tiro
O ministro da Justiça Flávio Dino comentou em suas redes sociais sobre a chacina registrada em Sinop, a 507 km de Cuiabá, nesta terça-feira (21/02), e criticou a proliferação de clubes de tiros no país.
O crime vitimou sete pessoas – entre elas, uma adolescente de 12 anos. Um dos autores, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, tinha registro em um clube de tiro de Sorriso, também no norte de Mato Grosso, e exibia vídeos nas redes sociais praticando.
“Mais sete homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’ (como alega a extrema-direita’”, escreveu na postagem.
A chacina
Edgar e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, estão foragidos e são procurados por forças de segurança mato-grossenses em ação que conta com participação do Batalhão de Forças Especiais (Bope) e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). A caminhonete usada na fuga e a espingarda foram apreendidas na manhã desta quarta-feira (22/02).
De acordo com a Polícia Civil, Edgar havia disputado partidas de sinuca a dinheiro e perdido para uma das vítimas cerca de R$ 4 mil. À tarde, retornou ao local na companhia de Ezequias e desafiou o homem mais uma vez. A dupla perdeu, de novo.
Todavia, Edgar ficou revoltado e, em seguida, deu um sinal para Ezequias, que rendeu todas as pessoas com uma pistola, enquanto o comparsa pegava uma espingarda no carro. Tudo foi registrado por uma câmera de segurança do bar.
“O primeiro a disparar foi o Ezequias, que deu um tiro no Bruno, dono do bar, e depois um tiro pelas costas do Getúlio, que caiu, e recebeu mais dois tiros na cabeça. Enquanto isso, Edgar disparava de 12”, explicou o delegado Bráulio Nogueira.
Nove pessoas foram rendidas e apenas duas delas sobreviveram. Conforme relato de testemunhas à polícia, o clima no local era tranquilo e não houve discussão ou qualquer outra desavença no bar antes do crime.