Misses Plus Size são alvos de ataques de gordofobia nas redes sociais em MT
Duas misses Plus Size sofreram ataques gordofóbicos nas redes sociais nos últimos dias. Uma delas é a miss Plus Size Mato Grosso 2021, Helen Veiga, de 21 anos. Inclusive, ela postou, nesta sexta-feira (21/01), no perfil dela no Instagram, nos stories, o print de um comentário em que ela foi xingada.
Helen afirmou que é preciso aprender a não se importar com esses tipos de comentários. “A partir do momento que nós entendemos quem somos e que nos amamos como somos, nenhum comentário desnecessário irá nos abalar”.
Além dela, recentemente, a miss Plus Size de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, Débora Duarte, de 32 anos, também passou por isso. Ela contou que, no dia 5 de janeiro, uma pessoa usando um perfil falso fez comentários ofensivos nas fotos dela, no Instagram.
“No início, eu fiquei um pouco triste e chateada. Mas depois pensei: eu participei de um concurso de beleza para encorajar outras mulheres e mudar esse pensamento. A partir do momento em que a gente ganha um concurso como esse, a gente tem que entrar nessa luta’”, disse.
Depois que comentou com os seguidores sobre o caso, o perfil falso foi apagado. Os comentários ofensivos questionavam o fato dela ter se tornado miss.
“Busco encorajar o amor próprio em outras mulheres todos os dias e para que tirem da cabeça que para ser miss tem que ser só magra. Não tem mais isso. Tanto que temos nós”, afirmou.
Ela também disse que busca não deixar se abater por causa disso. “Não posso me deixar abater, porque agora represento todas essas mulheres”, contou.
O concurso de beleza Miss Plus Size começou em 2019.
No ano passado, o desfile buscou incentivar as mulheres a serem “Livres, Leves e Soltas”, com o intuito de quebrar tabus e sair do padrão de modelo estereotipado.
As modelos que ganharam o concurso buscam mostrar à sociedade que todas as mulheres podem desfilar do jeito que são, sem qualquer preconceito.
Medidas legais
A prática da gordofobia não é tipificada como crime, mas, pode ser enquadrada como injúria na esfera criminal e pode gerar ação indenizatória na esfera cível. Para o direito penal, é necessário um boletim de ocorrência e é fundamental a apresentação de provas.
Caso tenha sido em redes sociais públicas, deve-se apresentar os prints ou links comprovando o ocorrido. Se for em conversas privadas, é importante que o celular seja levado a um cartório para que seja feita uma ata notarial comprovando a autenticidade da conversa.
Com G1 de Mato Grosso