Morre o advogado que foi baleado em frente ao seu escritório em Cuiabá

O advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, morreu em decorrência dos tiros sofridos em frente ao escritório em que trabalhava na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, neste sábado (06/07).

Em nota, a Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim) lamentou a morte do advogado. “Dr. Renato dedicou sua vida à advocacia e à defesa dos direitos dos cidadãos. Sua liderança, integridade e comprometimento com a justiça deixam um legado inestimável para advocacia mato-grossense e nacional”.

A Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT) também lamentou a perda e expressou solidariedade aos familiares da vítima.

Segundo a Polícia Militar, foram disparados cerca de sete tiros contra o advogado, mas, somente três disparos o atingiram. Ele chegou a ser socorrido com vida e passou por uma cirurgia em um hospital particular da capital. Em seguida, o advogado foi internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Renato foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.

A OAB-MT informou que está em contato com a Segurança Pública, acompanhando os primeiros procedimentos do caso, e que “aguarda imediata resposta das autoridades competentes”.

“Não podemos e não iremos tolerar qualquer ataque, atentado ou violência contra a advocacia”, disse a presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso.

O corpo de Nery será velado neste sábado, na Capela Santa Rita, às 18h.

Como o crime aconteceu

Renato foi baleado quando chegava no escritório dele. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto.

Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.

“É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido”, disse o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), Bruno Abreu Magalhães.

Com o G1 de Mato Grosso