Secretário afirma: situação de MT irá piorar com a mutação do Covid-19
A situação de Mato Grosso, que está à beira de um colapso em seu sistema de saúde, poderá piorar ainda mais com a chegada da mutação do novo coronavírus descoberta no Amazonas. A avaliação é do secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, que pediu aos prefeitos, principalmente de municípios com maior distância de uma leito de UTI, para que adotem medidas visando o enfrentamento da doença.
“Não torço para que minhas previsões se concretizem. Imaginávamos que continuasse crescendo 2% a taxa de ocupação por dia, ainda bem que isto não se concretizou. Estamos estacionados. Mas se chegar esta nova versão do vírus, que já está afetando principalmente o Amazonas, poderemos ter problema. Esta nova cepa tem capacidade de transmissão muito maior do que a original”, explicou.
Segundo o secretário, em março a proporção era de 80% dos infectados na zona metropolitana. Agora, a situação é inversa, com apenas 20%. Isso, conforme ele, significa dizer que a baixada cuiabana se contaminou com mais velocidade no início. O vírus avança e, por isso, há necessidade dos gestores de adotar as medidas necessárias.
“Principalmente os municípios que estão mais distantes de um leito de UTI. A infecção cresce em uma velocidade muito grande e a distancia de um centro de atendimento pode ser significativa entre viver e morrer”, asseverou Gilberto.
Atualmente, Mato Grosso tem em torno de 120 leitos de UTI disponíveis para a Covid-19 e está em fase de contratação de outros 70. “A pandemia não acabou ainda e precisamos tratar o assunto com cuidado”.
O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que a campanha de vacinação contra o novo coronavírus deverá correr todo o ano de 2021 e, possivelmente, poderá até entrar no próximo ano. O Plano Nacional desenvolvido pela União prevê apenas 19% da população imunizada. Por conta disto, o gestor já adianta que a proteção “não vai chegar tão cedo a todos”. Segundo ele, nem o ministro da Saúde consegue cravar uma data.