Número de animais silvestres resgatados em áreas urbanas aumenta em Mato Grosso
O numero de animais silvestres que foram resgatados em locais urbanos aumentou neste ano em Mato Grosso. Foram 214 apreensões no primeiro trimestre do ano passado e 291 no mesmo período deste ano. Um aumento de 35,9%.
Segundo os dados, foram apreendidos 69 animais em janeiro, 68 em fevereiro e 77 em março de 2021. Neste ano, foram 109 resgates em janeiro, 106 em fevereiro e 76 em março.
Nessa segunda-feira (4), uma cobra foi encontrada no estacionamento de uma loja em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. O animal foi encontrado embaixo do carro de um cliente do local.
Em Barra do Bugres, recentemente foi feito um resgate de um filhote de jacaré em uma escola. O animal foi retirado do local e devolvido ao habitat natural. Na mesma semana, um tamanduá foi resgatado em uma casa.
Segundo o tenente coronel Fagner Augusto, do Batalhão Ambiental de Mato Grosso, o serviço de resgate é feito de modo mais intenso nas cidades onde possuem Polícia Ambiental, como a região metropolitana de Cuiabá, Barra do Bugres, Cáceres e Rondonópolis.
“Esse números, por exemplo, indicam somente nos municípios de Cuiabá e Barra do Bugres. O número deve ser muito maior no estado”, explica.
No último dia 23, uma serpente invadiu um condomínio no Centro de Várzea Grande e tentou entrar em alguns apartamentos do térreo. A “invasão” mobilizou as pessoas do prédio para avisar os moradores para não abrirem as portas.
Fagner afirma também que o aumento se dá naturalmente com a expansão urbana.
“Com as novas áreas para instalação de empreendimentos, condomínios e residências, há o aumento da incidência deste tipo de ocorrência em que esses animais se movimentam em busca de novos habitats”, diz.
No início do mês passado, uma cobra de 1,5 metro que estava camuflada em um vaso de planta foi capturada em um condomínio no bairro Recanto dos Pássaros, em Cuiabá.
A jiboia possuía uma cor semelhante com as pedras do vaso e o morador Jhonata Rossanelli de Araújo não percebeu que ela estava ali.
Ele também afirma que outro ponto de impacto é a incidência de incêndios, que também os animais se movimentam em buscas de alimento e abrigo.
Com G1 de Mato Grosso