Obra na Ponte do Lourencinho na BR-364 gera transtorno e ameaça vidas

Desde dezembro do ano passado, com a liberação das pistas para o tráfego, o final do trecho duplicado da travessia urbana da BR-364 entre o Trevão e a ponte sobre o Córrego Lourencinho passou a conviver com uma situação preocupante.

São inúmeros acidentes de trânsito, a maioria com tombamento de carretas, evidenciando que uma verdadeira “arapuca” foi criada com essa obra junto à ponte, acarretando em riscos aos motoristas, transtornos com interdição da rodovia e ameaça de mortes. Uma intervenção de engenharia urgente precisa ser feita nesse trecho.

Fica evidente que o problema é decorrente de erro de engenharia na execução do projeto, uma vez que os acidentes, todos de forma semelhante, passaram a se suceder no local tão logo a obra de duplicação do trecho foi concluída e passou a ser usada pelos motoristas.

De dezembro de 2019 para cá, os acidentes nesse ponto não pararam, sempre acontecendo no sentido Pedra Preta. A sinalização no local já foi reforçada, mas, mesmo assim, o problema persistiu.

Para quem segue sentido Pedra Preta, com o fim da duplicação do trecho, há um retorno e, ao mesmo tempo, um afunilamento brusco na rodovia, que se transforma em mão única quase em cima da ponte.

Diante dessa condição, os motoristas, especialmente de carretas, se veem, de um momento para outro, em uma curva muito acentuada para acessar a ponte, o que tem favorecido os acidentes.

Muitas carretas têm perdido a direção ao final da pista dupla e as que não caem na valeta após o retorno tombam sobre a ponte ou batem de frente com outro veículo, em direção contrária.

De lá para cá, o Jornal A TRIBUNA tem alertado para o grande perigo que se tornou esse trecho da BR-364, tendo perdido a conta de tantos acidentes que ali já ocorreram. Felizmente, até agora, nenhuma morte foi registrada diante desses acidentes, mas os prejuízos financeiros são incontáveis, sem falar dos transtornos com as interdições da pista.

Além do mais, como já apontado pelo A TRIBUNA, se trata de uma tragédia anunciada, podendo a qualquer momento um desses acidentes resultar em morte.

Responsabilidade de todos

Vale destacar que a obra de duplicação do trecho entre o Trevão e o Lourencinho, na BR-364, é projetada por profissionais especializados da área de engenharia e sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes.

Apesar de ser uma obra federal, por envolver diretamente a população local, convém aos vereadores e a Prefeitura de Rondonópolis fazerem articulação e pressão, até através de um movimento, junto aos parlamentares e ao órgão federal em prol da solução desse grave problema que tem se arrastado sem resposta por parte das autoridades até agora.

Ademais, por ser uma rodovia federal, falta o devido acompanhamento e interferência dos parlamentares federais de Mato Grosso, como deputados e senadores, em relação à busca da correção desse projeto.

Inclusive, o senador Wellington Fagundes, com base em Rondonópolis e forte influência no DNIT, teria de abraçar essa causa, na busca de uma resposta mais célere, antes que vidas venham a ser ceifadas devido ao problema.

Por isso, a necessidade de mobilização da sociedade organizada para questionar nossas autoridades, desde locais até federais, para que uma intervenção de engenharia ali possa ser executada, como a construção de nova ponte sobre o Lourencinho, estendendo a duplicação da rodovia até mais adiante.

Além de ser um problema grave bem na entrada da cidade de Rondonópolis, está cravado em um dos principais corredores rodoviários do Brasil, que se constitui a BR-364, responsável por ligar as regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte oeste do Norte do Brasil, tendo ainda intenso tráfego de veículos, especialmente carretas com o transporte de grãos.

Para os rondonopolitanos, além de dar acesso à vizinha cidade de Pedra Preta, é a principal ligação com Goiânia (GO) e Minas Gerais, além de ligar também ao estado de São Paulo.

Fonte e fotos: Jornal AtribunaMT