Paulo Guedes confirma que servidores não terão aumento neste ano

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o governo federal não dará aumento para o funcionalismo público neste ano, mas que “logo” será possível conceder reajuste “para todo mundo”. A declaração foi feita durante a 2ª edição do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Associação Brasileira de Supermercados.

O próprio presidente Bolsonaro já havia dito, nesta semana, que, “ao que tudo indicava”, o aumento salarial para servidores não seria possível em 2022. Em março, as alas política e econômica do governo concordaram em conceder reajuste linear de 5% para todos os servidores federais – ao custo de R$ 6,3 bilhões só neste ano.

FALANDO NELE

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu, a empresários do setor de supermercados o congelamento de preços até 2023. A declaração foi feita durante a 2ª edição do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). “Nova tabela de preços só em 2023. Trava os preços. Vamos parar de aumentar os preços aí dois, três meses. Nós estamos em uma hora decisiva para o Brasil”, disse Guedes.

No mesmo evento, o presidente Bolsonaro pediu para que empresários do ramo de alimentos tenham “menor lucro possível” na produção e venda de produtos da cesta básica.

REAÇÃO

A greve dos servidores do Banco Central ganhou adesão de mais profissionais. O movimento dos funcionários que cobram valorização profissional por meio de reajuste salarial e reestruturação da carreira tem levado ao adiamento de lançamentos importantes e cancelamento de eventos.

A coluna apurou que um dos principais efeitos da greve é o adiamento do lançamento do Pix Automático, previsto inicialmente para novembro deste ano. A modalidade funcionaria de forma similar ao débito em conta, mas sem depender de convênios com bancos.

Havia previsão de que esse recurso implicaria redução no custo para empresas de telefonia e concessionárias de energia, por exemplo.