PF e Ibama desativam balsas envolvidas em garimpo ilegal no Rio Teles Pires

A Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desativaram 20 balsas operando com dragas – conjunto motor-bomba de recalque – envolvidas em extração ilegal de ouro, no Rio Teles Pires, em Paranaíta, a 849 km de Cuiabá.  A ação foi encerrada nessa quarta-feira (1°), durante a “Operação Drakkar”, deflagrada no dia 31 de outubro.

A investigação começou a partir de áreas que não havia permissão de lavra garimpeira e, de acordo com o levantamento, os garimpeiros atuavam ilegalmente em áreas protegidas, de forma reincidente, como demonstrado pelo monitoramento de imagens por satélite, na prática de delitos com potencial de devastação ambiental.

Nos dois dias de atuação, as equipes realizaram infiltrações de barcos pelo rio, para abordagem de áreas indicadas pelas análises, com a identificação de um grande número de frentes de lavras com equipamentos de extração já instalados e operando.

Na ação, foram localizadas 20 balsas, que atuavam fora de áreas abrangidas por permissão de lavra emitida pela Agência Nacional de Mineração (ANM), causando impactos significativos em uma área de grandes remanescentes de natureza preservada.

Segundo o Ibama, os donos das balsas foram identificados, mas não encontrados, e agora devem ser responsabilizados criminalmente, além de receberem multa e embargo da atividade.

De acordo com o órgão, quando chegaram no local os suspeitos estavam operando as atividades, mas com a chegada da fiscalização, a maioria fugiu nos barcos.

Desativação

Todo o material utilizado na atividade ilegal foi inutilizado ou destruído, a fim de acabar com as ameaças ao meio ambiente e conter novas praticas criminosas do grupo, com o aproveitamento desses instrumentos.

A PF e Ibama reforçam que as forças do Estado continuam em ação integrada para combater os crimes ambientais de forma imediata, prosseguindo nas investigações para identificação e responsabilização de todos os envolvidos, visando, dentre outras medidas, pedir na justiça o perdimento de bens para reparação dos danos ambientais.

Ainda de acordo com a PF e o Ibama, estima-se que atividades ilegais causaram um prejuízo que ultrapassa R$ 5 milhões. As penas somadas dos crimes referentes ao garimpo ilegal chegam a seis anos de prisão.