Polícia Civil apreende mais de 3,5 mil munições de fuzil de uso restrito
A Polícia Civil apreendeu, na manhã desta quarta-feira (26/10), 3.596 mil munições para fuzil, de calibre 762, em uma casa no Bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. A ação faz parte da Operação Efeito Helicóptero em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco. Uma mulher de 36 anos foi presa pelo crime de posse ilegal de arma ou munição de uso restrito.
De acordo com a polícia, as munições estavam armazenadas em uma mala de viagem, dentro do quarto do casal. A moradora foi presa sem direito a fiança e encaminhada para audiência de custódia do Poder Judiciário.
A operação Efeito Helicóptero foi deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, e contou com a participação das Polícias Civis de mais 13 estados brasileiros, para cumprimento de 66 mandados de prisão, 84 de busca e apreensão domiciliar, sequestro de veículos e imóveis, bloqueio judicial de ativos financeiros e de criptoativos e revogação do registro ou porte de arma de fogo expedidos pelo Juízo da 5ª Vara Criminal da Comarca de Recife.
A operação
A investigação foi iniciada em outubro de 2022, após a apreensão de 23 quilos de cocaína no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife. Uma pessoa foi presa pela Polícia Militar.
O delegado José Custódio, da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) de Pernambuco disse que o dinheiro resultante da venda das drogas era enviado para empresas de fachada em outros estados. Eram empresas de eventos, mídias digitais e comércio de ouro.
“As transações financeiras entre os investigados giram em torno de meio bilhão de reais. Alguns presidiários chegaram a movimentar mais de R$ 3 milhões. Outros, mais de R$ 2 milhões ou R$ 1,5 milhão. Aí a gente totaliza quase meio bilhão, focando inclusive nos anos de 2021 e 2022”, explicou.
Ainda segundo o delegado, um dos homens investigados dobrou o valor de sua conta bancária enquanto permanecia preso. Ao menos nove pessoas tiverem bloqueio de criptoativos, uma espécie de “dinheiro virtual” protegido por criptografia.
Foi identificado pela Polícia Civil pernambucana que o grupo criminoso também age de dentro dos presídios do estado com apoio de outros investigados e pessoas interpostas em diversos estados do País para atuar na lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Dezessete investigados na operação estão presos em unidades prisionais de Pernambuco.
A operação conta com parceria da Diretoria de Operações Integradas da Senasp e está inserida no Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Participaram do cumprimento dos mandados equipes das Polícias Civis do Amazonas, Piauí, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Saulo, Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pará e Paraíba.