Policia desvenda a morte de uma motorista de app, 4 pessoas foram presas

As investigações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre o assassinato de Natana da Silva, de 30 anos, apontaram que a vítima teve a morte decretada pelo “tribunal do crime” de uma facção atuante em Cuiabá. Natana é acusada de praticar vários furtos na região do bairro Pedregal, em Cuiabá.

O assassinato aconteceu em julho do ano passado. Nesta quinta-feira, quatro pessoas foram presas e um suspeito continua sendo procurado. 

Durante entrevista concedida nesta quinta-feira à imprensa, o delegado que está à frente das investigações, Caio Fernando Álvares Albuquerque, contou detalhes de como os criminosos executaram o crime e das ‘jogadas’ do grupo para tentar interferir nas investigações e evitar a elucidação do caso. Natana foi julgada pelo “tribunal do crime” e condenada à execução, por aplicar pequenos golpes nos próprios fracionados. A motorista de Uber fazia alguns ‘trabalhos’ para a fação e, nesses serviços, tentava tirar vantagem em cima dos bandidos em alguns golpes aplicados em outras vítimas.

Quatro suspeitos foram presos durante cumprimento de mandados cumpridos pela Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira (09.12), na Operação Comando da Lei. Durante a execução, Natana foi submetido a um ritual de espancamentos seguido de choques elétricos. Conforme atestado no exame de necropsia, a vítima chegou a receber 70 choques pelo corpo. “Para a facção, a vítima estava ‘fazendo feio’ no bairro. Além dos golpes, Natana foi acusada de praticar furtos a vários clientes, inclusive moradores do bairro Pedregal”, disse o delegado.  

Após a sessão de tortura, ainda com vida, a mulher, conseguiu pedir ajuda em uma casa nas proximidades do bairro Renascer. Ela estava bastante debilitada pelos espancamentos. A mulher foi socorrida e encaminhada ainda com vida a um hospital particular de Cuiabá, onde foram feitas tentativas de reanimação, mas foi a óbito horas depois em consequência das lesões sofridas.  

O delegado disse ainda que parte dos alvos identificados na apuração, fazia uso de tornozeleira eletrônicas e teve a presença no local do crime confirmada durante as diligências. O principal suspeito apontado como mandante e executor, não foi preso e continua sendo procurado.

Os policiais da DHPP apuraram ainda que os envolvidos no homicídio retiraram câmeras de monitoramento que estavam instaladas próximas à área onde ocorreu o crime, a fim de dificultar a identificação dos criminosos. As equipes da DHPP estão nas ruas para cumprir mandados de prisão temporária e de busca e apreensão domiciliares contra os investigados. 

Com Folha Max