Preço da carne continua aumentando, após a volta das negociações com a China

O preço da carne bovina pode aumentar e muito em Mato Grosso, após a volta das negociações com a China, segundo o analista de mercado Rodrigo dos Santos. De acordo com o Ministério da Agricultura, o embargo à carne brasileira terminou nesta quarta-feira (15/12).

As negociações estavam suspensas após dois casos atípicos de vaca louca terem sido notificados em Minas Gerais e Mato Grosso. De acordo com o analista de mercado, com a volta da compra pelo país asiático, a situação é positiva para os pecuaristas.

“Agora a expectativa é muito positiva. A gente tem um retorno do nosso principal comprador de carne bovina brasileira. Com certeza os pecuaristas agora voltam na normalidade e pode sim criar uma nova expectativa pelos investimentos porque com certeza o mercado vai continuar demandando bastante carne bovina”, contou.

Com a volta do principal comprador, o preço no mercado interno pode subir.

“O principal consumidor voltando a comprar o produto brasileiro, com certeza o mercado interno, vai sofrer uma pressão por aumento de preço. A gente pode ter impacto também com aumento dos insumos, principalmente milho e soja, que tem principal impacto nos preços do consumidor final. Com a volta da China, vai ter uma pressão porque boa parte da produção local vai ser direcionada para esse país”, disse.

Embargo

A China é o maior comprador da carne brasileira. Em setembro, as vendas para o país asiático foram suspensas. A medida atendeu a um protocolo sanitário firmado com a China, que prevê interrupção do comércio em caso de identificação da doença.

A decisão de retomada, por outro lado, dependia da China, que manteve o veto por 3 meses mesmo após a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ter informado que as ocorrências não representavam risco para a cadeia de produção bovina brasileira.

Por conta da suspensão, as exportações totais de carne do Brasil caíram 43% em outubro, em relação a igual mês de 2020, e mais 47% em novembro, na mesma base de comparação, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

Com G1 de Mato Grosso