Preço do diesel é a grande preocupação dos caminhoneiros que irão escoar a safra de MT

O Brasil está colhendo mais uma grande safra de grãos, e Mato Grosso está incluido dentro de mais um recorde de colheita neste ano, Mas o preço do frete, atrelado com preço do Diesel preocupa transportadoras e caminhoneiros do estado.

A situação é diferente com o chamado frete longo, que é o transporte dos grãos dos armazéns para os portos. O valor cobrado até subiu nas últimas semanas, mas está mais barato que há um ano.

Atualmente, o preço para levar uma tonelada de soja de Lucas do Rio Verde para Paranaguá, no Paraná, gira em torno de R$ 250. Quando começar a colheita este valor deve cair, pois aumenta a oferta de caminhões que vem para Mato Grosso para aproveitar a oferta de frete. Mas, são R$ 80 a menos que o valor praticado em janeiro do ano passado. A diferença, no entanto, não é percebido pelos agricultores. É o que diz Júlio Cinpak, vice-presidente de uma cooperativa que recebe grãos de mais de 80 produtores da região.

O baixo valor do frete em plena época de colheita é reflexo, principalmente, da super oferta de caminhões. Com mais gente disputando o serviço, os preços ainda não atinge o preço esperado esperado, segundo Gilson Bataica, representante do Movimento de Transportadores de Cargas.

Há bem pouco tempo as principais rodovias federais que cortam Mato Grosso foram bloqueadas por caminhoneiros. Eles queriam a implantação de uma tabela mínima para o frete e um aumento de ao menos 15% no valor recebido atualmente. O motorista que cruza o país carregando a safra não esconde a apreensão. “Se você tem uma família para tratar e você precisa ter um emprego”, diz o motorista Joaquim dos Santos.

Na transportadora em Rondonópolis foi preciso dar férias coletivas aos funcionários. Os 180 caminhões já estão há mais de 40 dias parados.

Hoje a situação dos caminhoneiros, principalmente os autônomos é calamitante, pois em frete com 40 toneladas para paranguá ele gasta em torno de 1 mil e seiscentos litros de combustivéis, para ir e voltar, no valor de 8 reais o litro, dá um total de 10 mil e oitocentos reais só de combustível, e o frete é em torno de 15 mil reais, ai ainda tem pedágio, e um pneu hoje custa 2.500 reais, então a situação realmente está ficando lastimável, ponderou o presidente do sindicado dos transportadores autonnomos de Mato Grosso.

A demanda por mais caminhões para o transporte da soja deve aumentar assim que começar o pico da safra.