Preso em laboratório de drogas na fronteira é acusado de fazer parte grupo de extermínio e de matar criança de 2 anos

A ficha criminal de um dos quatro presos no refino de cocaína na fronteira entre Mato Grosso e a Bolívia é extensa e inclui homicídios, furto e tráfico de drogas. Lázaro Vieira Rodrigues foi o único brasileiro preso no laboratório do crime organizado, na segunda-feira (18/02), na fronteira com a Bolívia.

Além dele, foram presos na operação da Polícia Federal um colombiano e dois bolivianos.

Lázaro é acusado de matar Wanderson Morais Almeida, de 32 anos, e a filha dele, de 2 anos, e atirar contra a mulher de Wanderson, Fernanda Rodrigues de Barros, que também é mãe da criança.

Ele ainda é réu sob acusação de participação em grupo de extermínio ou milícias privadas.

O suspeito de narcotráfico já foi condenado pela Justiça a 11 anos de prisão, em 2015, pelo crime de tráfico de drogas.

Ele está preso em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

site tentou contato com a Justiça Estadual para saber se haverá pedido de extradição de Lázaro Rodrigues para Mato Grosso, mas não houve resposta até a última edição desta reportagem.

Operação Guaporé

Lázaro foi preso em uma operação da Polícia Federal suspeito de pertencer a uma quadrilha que mantinha um laboratório do narcotráfico na região de fronteira com a Bolívia, localizada a poucos quilômetros de Comodoro (MT), na segunda-feira. O local foi destruído pelos policiais.

Além da PF de Mato Grosso, participaram da operação ‘Guaporé’ a polícia boliviana, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).

O laboratório destinado ao refino de cocaína, segundo a polícia, foi montado dentro do Parque Noel Kempff, em área localizada a cerca de 1,8 km da fronteira do Brasil.

No local, os policiais encontraram o brasileiro e os outros três estrangeiros. Todos foram presos em flagrante e encaminhados para Santa Cruz de La Sierra.

A polícia também apreendeu uma grande quantidade de material usado para o refino, equipamentos como destilador e um potente gerador, enterrado no subsolo do local, além de uma grande quantidade de cocaína.

De acordo com a polícia, estima-se que o laboratório teria capacidade de refinar aproximadamente duas toneladas de drogas por semana.

Notícia original publicada no site do G1 de Mato Grosso