Quadrilha presa com R$ 500 mil em espécie comprava imóveis para lavar dinheiro do tráfico
A quadrilha presa nessa terça-feira (18/01) com R$ 500 mil em espécie comprava imóveis para lavar dinheiro do tráfico em Mato Grosso. De acordo com a Polícia Civil, veículos também eram utilizados para lavar o dinheiro da facção criminosa.
Segundo a polícia, os criminosos tinham um apartamento em um edifício de alto padrão e um prédio com 20 quitinetes. A facção lavava o dinheiro alugando e vendendo estes imóveis.
O contador, que fazia parte da quadrilha, era o responsável pela a abertura de empresas para lavar o dinheiro da facção e fornecia contas bancárias para que que os criminosos pudessem fazer movimentações rápidas, para não deixar vestígios que pudessem atrair a fiscalização.
As empresas eram criadas para movimentar dinheiro e logo depois, encerradas, com o intuito de burlar a investigação. Quando os órgãos de fiscalização detectavam as movimentações atípicas, as empresas já estavam encerradas.
A operação
A Operação Mandatário apreendeu cerca de R$ 10 milhões, sendo que meio milhão em dinheiro, 15 veículos, sete imóveis, além do cumprimento de 10 ordens de bloqueio de contas bancárias e investimentos. Sete pessoas foram presas.
Ao todo, foram cumpridas 51 ordens judiciais contra a facção criminosa que atuava em Mato Grosso.
A Operação Mandatário faz parte de uma força-tarefa envolvendo a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Polícia Militar, o Sistema Penitenciário e a Polícia Rodoviária Federal.
O nome da operação faz menção à pessoa de confiança de um dos líderes e tesoureiro da facção, que também teve mandado cumprido durante a operação.
O suspeito atuava como braço direito e era responsável pela execução das ordens do tesoureiro nas ruas, recolhimento de dinheiro, ou seja, atuava como mandatário do criminoso.
O principal alvo da operação foi preso com mais de meio milhão de reais em espécie e se passava por advogado. Ele era responsável por recolher semanalmente o dinheiro em bocas de fumo e de outras atividades ilícitas.
Depois era feita a contabilidade dos valores e o lucro distribuído entre os líderes da organização criminosa.
Com G1 de Mato Grosso