Quatro policiais civis são investigados por trocar cocaína apreendida por “pó” 

A Polícia Judiciária Civil (PJC) instaurou uma sindicância para apurar o “sumiço” de três toneladas de cocaína avaliadas em R$ 70 milhões, que vem “desaparecendo misteriosamente” após sua apreensão. As informações foram reveladas no programa Cadeia Neles, que foi ao ar na manhã desta sexta-feira (06/05).

Segundo a reportagem, só na última quinta-feira (05/05), uma perícia da Politec percebeu que mais de uma tonelada de cocaína, apreendidas no município de Cáceres (222 KM de Cuiabá), foram substituídas por outras substâncias. Agentes de segurança pública perceberam que as embalagens e o local onde os entorpecentes se encontravam foram violados, com seu conteúdo substituído por “terra, isopor e pó de giz”.

A reportagem revela que a cocaína apreendida deveria ser incinerada em Cuiabá.

O mistério que envolve o desaparecimento de drogas apreendidas em Cáceres ganhou mais um capítulo com o novo “sumiço”. No dia 19 de abril de 2022, duas toneladas de pasta base de cocaína, que deveriam ser incineradas, também “desapareceram” de seus locais de armazenamento, no mesmo modus operandi, com a substituição dos conteúdos das embalagens com os produtos ilícitos por outras substâncias. Esse caso já está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Civil.

Ainda de acordo com a reportagem que foi ao ar no Cadeia Neles, ao menos quatro pessoas são investigadas pelo “desaparecimento” das drogas. A sindicância aberta pela PJC deve investigar esses dois “sumiços”, e eventualmente outros que possam ter acontecido com drogas apreendidas pelas forças de segurança de Mato Grosso.

Com folha Max