Retrospectiva 2021: Copa América sem publico a fila do ossinho, veja o que aconteceu em Mato Grosso
Primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 em Mato Grosso, desmatamento, estiagem prolongada, fila dos ossinhos no CPA 2, atrasado do Enem e afastamento e retorno do prefeito de Cuiabá estão entre os principais acontecimentos do ano no estado.
ste ano deu o que falar. Entre tantas polêmicas, como o afastamento do prefeito de Cuiabá, a fila de ossinhos para famílias carentes e o pico da pandemia da Covid-19, 2021 também foi um ano de esperança.
Graças ao avanço da ciência e da medicina moderna, a vacina contra a Covid-19 foi disponibilizada aos brasileiros pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Chegou a hora de relembrar tudo o que passamos neste ano. O site fez um levantamento de acontecimentos que marcaram Mato Grosso em 2021.
Primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 em MT
A primeira pessoa vacinada contra a Covid-19, em Mato Grosso, foi a profissional de saúde Luiza Batista de Almeida Silva, 43 anos. Ela é técnica de enfermagem no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
“É muita alegria em saber que está chegando ao fim essa luta. Chegou ao fim toda essa tristeza”, comemorou ela na ocasião.
No começo do ano, ela atuava na linha de frente de combate ao coronavírus, trabalhando na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19 do hospital de referência do estado.
Apesar do atraso das vacinas ocasionado pela desorganização logística do Ministério da Saúde, então sob comando do ex-ministro Eduardo Pazuello, e das denúncias de corrupção na compra de vacinas, que gerou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado, a vacinação seguiu em Mato Grosso através do Sistema Único de Saúde (SUS). O governo do estado ampliou a distribuição das vacinas aos municípios através de centros regionais, como em Barra do Garças, Cáceres, Rondonópolis e Sinop, contendo todo o equipamento de refrigeração e frota terrestre adequada.
Já são quase 2 milhões de pessoas totalmente imunizadas com duas doses ou dose única. Isso equivale a mais de 57% da população do estado vacinada.
2ª onda da pandemia
Em meio ao ritmo lento da vacinação no estado e no país, em 16 de julho deste ano, Cuiabá atingiu o segundo pico da pandemia, segundo a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Já no estado todo, o pico foi atingido em março deste ano, com a confirmação de 125 mortes em 24h, sendo uma média de 1 morte a cada 12 minutos.
Apesar de atravessar o pior momento na pandemia, Mato Grosso registrava, em março, a pior taxa de isolamento social, segundo dados da empresa In Loco.
O vírus Sars-Cov-2, que provoca a doença Covid-19, já vitimou mais de 14 mil pessoas em Mato Grosso desde o começo da pandemia. Os índices de óbitos têm apresentado queda conforme avança a vacinação.
Copa América sem público
Cercada de polêmicas, Cuiabá recebeu cinco jogos da Copa América, todos da primeira fase. A competição foi sediada na Arena Pantanal, mesmo local em que funcionava a triagem de casos de Covid-19 e distribuição de ‘kits Covid’.
Após as partidas do campeonato, o governo do estado confirmou uma nova variante do coronavírus. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), era uma cepa colombiana, denominada (VOI) B.1.621, sendo identificada em dois integrantes das delegações da Colômbia e do Equador.
Fila dos ossinhos em Cuiabá
Apesar de Mato Grosso ser um dos maiores exportadores de alimentos, também foi em Cuiabá que o Brasil se chocou ao ver as cenas com dezenas de famílias passando fome e à espera da doação de ossos porque não tinham o que comer em casa.
Diversos fatores convergiram para um cenário de crise econômica, com efeitos da pandemia; desemprego em 12,6%, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e inflação alta a 10,67% medida nos últimos 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É nesse cenário que as famílias carentes formaram fila em frente a um açougue no bairro CPA 2. O estabelecimento já doava ossos há alguns anos, mas viu a demanda crescer pela primeira vez. Essa situação ficou marcada como a “fila dos ossinhos”.
Com a repercussão nacional e internacional, as famílias receberam cestas básicas e foram agraciadas com a arrecadação de campanhas solidárias. Apesar de todo o esforço da sociedade civil organizada e o fim do auxílio emergencial e com a indefinição do próximo programa social do governo, a fila está voltando a crescer.
Noticia original no site G1 de Mato Grosso