Retrospectiva 2021: O ano definido em uma palavra por profissionais de MT que sofreram impactos diretos na pandemia
Este ano trouxe a esperança de volta, graças à campanha de vacinação freando o contágio e o número de mortes alarmantes da Covid-19. Para entender como 2021 impactou a vida dos trabalhadores e daqueles que não puderam parar e sofreram diretamente os impactos do segundo ano de pandemia, “Como definir este ano em uma palavra?”.
São cinco respostas de diferentes profissionais, como enfermeira, professora, empresária, motorista de aplicativo e de ônibus.
Alguns responderam apenas com a palavra definitiva, sem contextualizar, e outros explicaram o motivo de terem escolhido tal palavra.
A motorista de ônibus, Alizangela, resumiu este ano como sendo de “dor”. Ela preferiu não contextualizar sua definição, assim como a enfermeira Luiza Batista, que definiu o ano como “batalha”. Ela foi a primeira mato-grossense a ser vacinada contra a Covid-19.
O motorista por aplicativo, Danilo Reiners, definiu como “superação”. A professora Nailê Ferreira afirmou que viu 2021 com “esperança”. Já a empresária Lorena Bezerra resumiu com a palavra “resiliência”.
- DOR (Alizangela, motorista de ônibus)
- SUPERAÇÃO (Danilo, motorista de carro por aplicativo)
- ESPERANÇA (Naile, professora)
- BATALHA (Luiza, enfermeira)
- RESILIÊNCIA (Lorena, empresária)
A professora Nailê Ferreira disse que almeja esperança de dias melhores. Ela trabalha na Escola Estadual Alina do Nascimento Tocantins e também na rede municipal.
“Era isso minha motivação. Em meio à tantas perdas irreparáveis, tamanhas incertezas de como seria o amanhã da humanidade”, explicou.
Ela disse que não podia perder a esperança, porque tinha que continuar motivando os alunos.
“Eu, enquanto profissional da educação, precisava restaurar a esperança em cada rostinho que trouxe para a etapa presencial uma história particular, com aspectos parecidos que a pandemia deixou em mim também, e, juntos, fomos ressignificando o que passou”, afirmou.
“Paulo Freire já dizia que a educação não muda o mundo, mas muda as pessoas que podem mudar o mundo. E assim entramos em uma teia de multiplicadores de esperança”, completou.
Já a empresária Lorena Bezerra, também presidente da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel-MT), contou que o setor de serviços sofreu impactos diretos no caixa com o fechamento das atividades durante a pior fase da pandemia.
“O ano foi um de muitos desafios. Nosso setor pagou um preço alto e conta injusta ficando um longo período fechado, tendo que se reinventar, por isso, resiliência”, disse.
Para 2022, Lorena espera um cenário mais favorável ao comércio.
“Penso que, com os cuidados e avanços da vacinação e os aprendizados que tivemos em 2021, teremos um ano mais próspero”.
Isso é o que o motorista de aplicativo, Daniel Reiners, também projeta para 2022. “Com mais prosperidade para continuar trabalhando”, pontuou.
Ele enfrentou 10 dias de intubação quando foi diagnosticada com a Covid-19. Ficou desempregado, passou por uma separação da esposa e perdeu dinheiro nas ações que tinha investido na Bolsa de Valores.
Aos poucos, ele foi reorganizando a vida, começando a trabalhar como motorista de aplicativo, usando o Gás Natural Veicular (GNV) para economizar nas viagens, entre outras adaptações necessárias para seguir em frente. Este ano, para Daniel, foi de “superação”.
Notícia originalmente publicada no site G1 de Mato Grosso